RESPM-20 anos
ponto de vista Revista da ESPM | julho/agostode 2014 222 J. RobertoWhitaker Penteado Vinte anos em boa companhia U ma regranão escrita dobom jornalismo é evi- tar tratar, empúblico, daprópria vidaprivada. Entretanto — já dizia o disciplinado general MacArthur —, as regras existem para serem quebradas, e não posso ignorar que os 20 anos de circula- ção desta Revista estão permanentemente ligados a outra relação profissional e pessoal, mais antiga ainda, que tenho com o seu criador e principal mantenedor: Fran- ciscoGracioso. Nossa relação teve início em1971, quando ele era pre- sidente do Conselho Deliberativo da ESPM, Otto Scherb era o CEO e eu, professor. A partir de 1981, tornei-me VP da Escola, e Gracioso assumiu a presidência, que exer- ceu durante 26 anos, até 2007. Se se considerar que, neste último ano, ele voltou a ser conselheiro, mesmo como diretor-presidente, tecnicamente, ainda respondo a ele. Numa trajetória contínua, então, são 43 anos de colabo- ração direta, coisa que podia figurar emalguma catego- ria do Guinness Book . A reminiscência, contudo, é para servir de introdução ànossa convivência emtornodesta Revista , que completa agora 20 anos de publicação. Lembro-me de que, em 1994, FG decidiu criar uma revista para a ESPM, com o intuito de divulgar o pensa- mento dos profissionais e professores ligados à Escola, e tambémfazer incursões intelectualmente especulativas emassuntosquenãopoderiamfazer partedosnossos cur- rículos — sempre dependentes das autorizações doMinis- tério da Educação (MEC). Adequadamente, seu primeiro editor foi José deCastro Fontenelle, que chefiava a produ- ção de cinema da McCann e era professor da cadeira de mesmonomenaESPM, vivendo, na prática, oque onosso sloganda época divulgava: ensina quemfaz. As capas dos primeiros números eramiguaizinhas às da Harvard Busi- ness Review , ea seleçãodeartigos refletiaadiversidadedos interesses e atividades dos nossos professores. Alguns anos mais tarde, tendo retornado a São Paulo, Gracioso convidou-me para ajudá-lo a publicar a Revista , como editor. Quando ela completou dez anos, tornou-se temática, ou seja: o assuntoprincipal e a pauta eramorga- nizados comantecedência. Acho que essa segunda fase da Revista da ESPM foi sig- nificativa para a própria Escola, que — coma expansão de suasatividades—desenvolviasuaáreaacadêmica (comoos mestrados,doutoradosecentrosdepesquisas),queresulta- vamemgeração de conhecimento: umpasso importante, alémdasua reconhecidacompetênciade formarprofissio- naisaptosaingressarrapidamentenomercadodetrabalho. Semfalsamodéstia, apesar de suaperiodicidadebimes- tral, não forampoucas as ocasiões emque os assuntos de capaantecediamas reportagensde revistasquinzenaisou semanais, como Exame ou The Economist . Acho, também, quea Revista contribuiuparaoalargamentodoshorizontes didáticos daprópriaESPM, percorrendoumcaminhoque teveo seu inícionapublicidade, nomarketing ena gestão, mas logo chegou a outras especialidades, como o design, as relações internacionais, o jornalismo e as tecnologias ligadas à comunicação e à gestão. A Revista da ESPM — sempre sob a direção de Fran- cisco Gracioso e com a ajuda da coordenadora Lúcia de Souza — funcionou, durante a maior parte desses 20 anos, como periscópio, ou farol, que identificou as novas etapas do progresso nos mundos da gestão e das comu- nicações, com isso, também, mapeando e definindo as necessidades do mercado e os perfis dos profissionais mais bem-equipados a atendê-las. Acho que a pauta deste número comemorativo é um perfeito exemplo do que estou descrevendo. J. Roberto Whitaker Penteado Diretor-presidente da ESPM divulgação C M Y CM MY CY CMY K
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