Revista da ESPM

Janeiro/fevereirode 2015| RevistadaESPM 115 exterior. O estudo realizou entrevistas emprofundidade comquatrogestoresde franquias, responsáveispelosseus processos de internacionalização, bemcomo a aplicação deumquestionário, que foi respondidopor 60gestoresde franquias internacionalizadasenão internacionalizadas. Nessa pesquisa, as franquias foram classificadas em quatro estágios de internacionalização conforme teoria proposta por Faye S. McIntyre e Sandra M. Huszagh, no artigo “Internationalizationof franchise systems” (publi- cado em1995, no Journal of International Marketing ), para a realidade das empresas de franchising americanas na décadade1990.Osquatroestágiossão:franchisingdomés- tico; envolvimento experimental; envolvimento ativo e envolvimentode longoprazo, comodetalhaoestudo Está- gios da internacionalizaçãodas franquias brasileiras , ao lado. Para conhecer mais sobre esse levantamento e os demais estudos realizados em 2010 e 2012, visite a páginadoProgramadeMestradoeDoutoradoemGestão Internacional (PMDGI) da ESPM pelo link: www.espm. br/pmdgi e escolha nomenu à esquerda Grupos de pes- quisa e pesquisas em andamento. Rota do franchising Oestudo Estágios da internacionalização das franquias bra- sileiras mostra que o estágio 1, denominado Franchising doméstico, é vivenciadopelas redes de franquias quenão possuemoperaçãonoexterior.OBrasil possui 2.703 redes de franquias, sendo 206 franquias estrangeiras e 2.497 redesdefranquiasbrasileiras.Dessas,105possuemopera- çãonoexterior, ouseja, apenas5%dototal.Assim, 95%das redesdefranquiasbrasileiras(2.392redesemdezembrode 2013) estãonesseestágio inicial, noqual aspreocupações centrais das franquias são crescer no país e consolidar a sua operação no mercado local. Nessa fase, as operações domésticassãoumaoportunidadedetestarocompostode franchising, visto que, quando decidir operar internacio- nalmente, as competências de controle, monitoramento, suporte e marca serão demandadas mais intensamente. Umterçodasredesqueoperamnomercadodomésticoestá planejando crescer internacionalmente, pois acredita ter produtos e serviçosquepodemser franqueados. Para77% dessasfranquias,aoperaçãodeinternacionalizaçãorepre- sentacustosmais elevados; para67%envolvemaiores ris- cos; epara79%émenos lucrativodoque crescer noBrasil. As redes de franquias que operamemapenas umpaís, além do seu mercado de origem, são classificadas no estágios de internacionalização das franquias brasileiras Fonte: Estágios da internacionalização das franquias brasileiras , produzido por ThelmaRocha, FelipeMendesBorini, EduardoEugênio Spers, MarioHenriqueOgasavara, DanielaKhauaja, Adriana Camargo ePedro Lucas deResendeMelo (2014). Estudo baseadona teoria proposta por Faye S.McIntyre e SandraM. (1995), e adaptado do estudo de S. Tamer Cavusgil e JohnNevin (”A conceptualizationof the initial involvement in internationalmarketing”, publicadono Theoretical Developments inMarketing , em1980), comos dados da realidade brasileira Estágio1 Franchisingdoméstico Franchising exclusivamente nomercado doméstico 95% –2.392redesbrasileiras 49% –51redesnoexterior 30% –32 redesnoexterior 21%–22 redesnoexterior Estágio2 Envolvimento experimental Avanço preliminar da expansão internacional, levando ao envolvimentomínimo Estágio3 Envolvimento ativo Exploração sistemática da expansão internacional da atividade de franchising Estágio4 Envolvimento com altocomprometimento Comprometimento de longo prazo com o franchising emmercados internacionais

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