Revista da ESPM
Janeiro/fevereirode 2015| RevistadaESPM 27 físico e digital de uma empresa de varejo — ou ligada ao varejo — são os seus processos internos, que ten- dem a ser separados entre on e off. Afinal, quando foram criados, separá-los fazia sentido. Entretanto, torna-se cada vez mais inútil tentar classificar uma venda como proveniente do varejo físico ou do e-commerce. Hoje, é muito difícil deter- minar qual é a relevância de cada ambiente (on-line e off-line) em cada decisão de compra de um con- sumidor, independentemente de onde a transação foi concluída. As influências agora são múltiplas e sinérgicas. Portanto, para ter sucesso nessa nova realidade, é preciso haver uma forte quebra de paradigma na operação das empresas, o que irá resultar na revisão e integração de equipes, processos, estoques, preços, metas e políticas de remuneração. Somente a partir dessa mudança de mindset , é que clientes passam a poder comprar no site e retirar no ponto de venda físico (PDV), ou receber em casa e tro- car na loja. Quando isso acontecer, o vendedor não deixará de ganhar comissão quando o cliente expe- rimenta a loja inteira e depois compra pelo e-com- merce, em casa, os franqueados não irão reclamar do franqueador que tenha uma operação de e-com- merce e muitos outros problemas característicos deixarão de existir. Segundo insight: mobile commerce é o novo “com- merce”. Mesmo com todo o crescimento e a evolução do e-commerce nos últimos 20 anos, ele não acabou com o varejo tradicional, como se previa durante a “bolha” da internet no fim do século passado. No Bra- sil, o e-commerce representa somente 2% do total de vendas do varejo e nos Estados Unidos não chega ainda a 5% do total. Neste contexto, o m-commerce seria somente uma fração desse pequeno percentual. Émuito comumo entendimento de quem-commerce é o comércio realizado pormeio de dispositivosmóveis. Entretanto, este conceito a respeito do significado de m-commerce é equivocado. O comércio realizado por meio de mobile sites e aplicativos em celulares ou tablets é somente o bom e velho e-commerce realizado em outra tela. Na verdade, om-commerce deve ser visto como todas as possíveis interferências positivas de ferramentas e OWaze é umbomexemplo de aplicativo quemistura o on e o off. Afinal, enquanto dirigimos o carronomundo off-line, enviamos informações sobre o trânsito para a comunidade existente nouniverso on-line. Uma coisa alimenta a outra Alémda fusão entre on e off, também está ocorrendo o deslocamento do eixo de poder emdireção aos consumidores que têmmais controle sobre asmarcas fotos : latinstock
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