Revista da ESPM
Janeiro/fevereirode 2015| RevistadaESPM 55 Uma pesquisa realizada pela E-bit em parceria com a ABComm, presente na 29ª edição do relatório WebShoppers (lançado em março de 2014), denomi- nada “O consumidor omni-channel no Brasil”, apon- tou qual é a realidade do conceito no país. Uma seleção de lojas presentes nos canais on-line e off-line foi escolhida para a avaliação do nível de ser- viço oferecido aos consumidores e do grau de integra- ção entre os canais. Para isso, uma equipe de entrevis- tadores se disfarçou de compradores e visitou 60 lojas em São Paulo, além de realizar um desk research pela internet. Veja algumas das conclusões obtidas: quando perguntados sobre a disponibilidade de produtos na loja virtual da empresa, menos dametade sugeriu a compra na loja on-line, quando o produto não estava em esto- que na loja física ; e quase a metade (predominante) dos vendedores se mostrou indiferente ao se deparar como consumidor fazendo comparação de preços pelo smartphone, sendo que um quarto deles fez comen- tários negativos quanto a comprar nesse outro canal. A partir desse estudo, fica claro que a política de pre- ços entre canais é uma das questões mais delicadas e discutidas nas estratégias omni-channel. Como na maioria das vezes a internet oferece um preço menor que o estabelecido na loja física, o site da empresa acaba se tornando um chamariz, atraindo esse consumidor. Nesse caso, a loja conseguiria retê-lo se houvesse uma flexibilidademaior para negociar preços ou ainda ofere- cer a possibilidade de compra na loja virtual ou quiosque dentro da loja física, uma vez que o cliente já está dentro de sua loja pronto para fechar negócio. A tarefa para o varejo avançar e conseguir atender a esse novo consumidor irá demandar uma profunda mudança nas empresas. Atualmente, o e-commerce ainda representa entre 3% e 4% do total das vendas de bens de consumo no Brasil. Empaísesmais desenvolvi- dos, como os Estados Unidos, esse número já é próximo de 10% e tende a chegar perto de 15% até 2020. A cada ano, mais e-consumidores Hoje o Brasil contabiliza um número aproximado de 62 milhões de pessoas que já fizeram ao menos uma As novas gerações simplesmente desprezamempresas que não estãona internet. Issosignificaqueomodelode loja bricks andmortar está comdias contados shutterstock
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