RESPM-JUL_AGO-2015-alta
julho/agostode 2015| RevistadaESPM 101 Edson Luiz Cardoso Pereira, presidente do Codem: ”UmVLT irá ligar Maringá a Londrina, formando uma metrópole linear de 2,5 milhões de habitantes” Assim, Maringá superou a média nacional, de 5,2, e no Paraná ficou à frente de Curitiba e de Londrina. Infelizmente, a rede estadual não acompanha o nosso ritmo. Hoje, Maringá também tem uma rede municipal de saúde ativa. O hos- pital municipal de Maringá, por exemplo, é tido como referência na região. O nível de renda da popu- lação é o segundo do Paraná, atrás apenas de Curitiba. Entre as 50 ci- dades coirmãs, com até 400 mil ha- bitantes, Maringá é a que apresenta o melhor Índice de Desenvolvimen- to Humano Municipal (IDHM). Cos- tumo dizer que Maringá é a cidade que você sempre quis morar, mas não sabe onde fica! Revista da ESPM — Como será a Maringá do futuro? Pereira — Nosso futuro é estarmos presentes em uma grande metrópole linear, unida por um veículo leve sobre trilhos (VLT), com 100 qui- lômetros de extensão, que irá ligar Maringá a Londrina, formando uma macrorregião de 2,5 milhões de ha- bitantes. O projeto já tem até nome: trem pé vermelho! Hoje, temos 400 mil habitantes e o plano é chegarmos em 2047 com uma população de 700 mil pessoas. Para tanto, nossa ideia é desenvolver as potencialidades de to- das as cidades que serão interligadas pelo VLT, com projetos específicos para cada uma delas, promovendo, assim, o crescimento de toda a re- gião, e não só deMaringá. Revista da ESPM — Muito se fala da falta de dinheiro para implementar novas ideias ou ainda da falta de pla- nejamento das prefeituras em relação ao futuro das cidades brasileiras. Na contramão dessas afirmações, Ma- ringá é exemplo de parceria público- -privada, que já dura 18 anos. A que o senhor atribuiu esse sucesso? Pereira — O sucesso desse modelo está baseado em três pontos: o envolvimento de uma iniciativa privada sem qualquer pretensão pol ít ico-pa r t idá r ia ; um prefei- to com v isão e segurança pa ra aceitar a ajuda dos empresários da região; e t ranspa rência nas negociações. Não existe fórmula mágica, e sim muito trabalho em prol do bem comum. Temos uma reunião quinzenal com o prefeito, na qual levamos as demandas da cidade e ele nos apresenta as suas demandas. O Codem faz o meio de campo entre a iniciativa privada e os órgãos públicos. Para tanto, é preciso ter muita credibilidade, por isso a entidade não tem conta em banco nem CGC. Nossos cin- co f uncionários são pagos pela prefeitura, e o presidente perma- nece no cargo por apenas um ano, sendo que o seu trabalho não é re- munerado. Funciona da seguinte forma: o empresário primeiro atua como secretário do Conselho, de- pois desempenha a função de vi- ce-presidente e no ano seguinte se licencia da empresa onde trabalha para assumir a presidência e a se dedicar integralmente ao Codem. No ano seguinte, esse empresário vai para a cadeira dos anciões para auxiliar o próximo presidente da entidade. Foi o que fiz em meu es- critório de arquitetura, que neste ano está sendo tocado por meu sócio, para que eu possa planejar o futuro de Maringá. e s p e c i a l O f u t u r o da s c i da d e s b r a s i l e i r a s divulgação
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