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Revista da ESPM | julho/agostode 2015 108 de São Paulo os produtos e serviços precisam evoluir para atender à demanda da população. Basta ver o que está acontecendo com o ore- lhão, a caixa de correio, as bancas de jornal e, é claro, os pontos de táxi. Em compensação, novos modelos de negócios estão surgindo, como os bicicletários, as ciclovias, os food trucks e os parklets , que estão dando mais vida para as ruas de São Paulo. Revista da ESPM — Para você, qual é o modelo ideal de cidade do futuro? Busarello — Há muitas soluções inteligentes de urbanismo e peque- nas práticas isoladas que juntas são capazes de melhorar a mobilidade e a segurança nos grandes centros urbanos. Estamos no caminho cer- to. Nos próximos dez anos, teremos uma cidade maravilhosa, princi- palmente em termos de mobilidade urbana, até porque é crescente o número de paulistanos que não são adeptos do carro, os chamados carless, que encontraram outras formas de se movimentar pela ci- dade. Por isso sou a favor tanto da ciclofaixa do prefeito Fernan- do Haddad quanto de aplicativos como o Uber e o Moovit (sistema nos mesmos moldes do Waze, que oferece ao cidadão informações em tempo real sobre o transporte público). Essas soluções nos ajudam a encontrar certo equilíbrio entre o sonho de viver em uma cidade como Copenhagen — onde mais de 40% da população usam a bicicleta como principal meio de transporte — e a realidade brasileira. Romeo Deon Busarello, diretor de marketing da Tecnisa: ”O problema é que metrópoles como São Paulo, que cresceu desordenadamente e hoje temmais de 12 milhões de habitantes, são praticamente ingerenciáveis” Romeo Deon Busarello | tecn i sa divulgação