RESPM-JUL_AGO-2015-alta

julho/agostode 2015| RevistadaESPM 135 “Queriafazer obranaChina!” Por Alexandre Teixeira Foto: Divulgação A rede metroferroviária de São Paulo conta hoje com 12 linhas com inte- gração física e tarifária. O sistema transporta 7,5 milhões de passageiros por dia nos trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropoli- tanos (CPTM). E esse número tende a aumentar significativamente nos próximos anos, quando a Secretaria de Transportes Metropolitanos concluir as obras de mobilidade que está promovendo. Atualmente, são 11 projetos em execução na cidade de São Paulo: sete do Metrô, dois da CPTM e dois corredores metropolitanos. O objetivo dessa iniciativa é responder à maior demanda e melhorar a distribuição de passageiros pelas linhas já existentes. Diante desse cenário, Clodoaldo Pelissioni, secretário de Transportes Metropolitanos, enfrenta o desafio de conciliar a urgência dos paulistas (que aprovam seu metrô, mas o julgam insuficiente), com os desafios burocráticos invisíveis aos cidadãos. Não raro, por exemplo, o Metrô chega a um acor- do para indenizar famílias que terão imóveis desapropriados, porém é surpreendido pelo Ministério Público, que exige a entrega de apartamentos aos afetados. Daí seu incômodo quando se compara o andamento de obras daqui com as dos países asiáticos, considerados mais eficientes, como a China. “Lá não há Lei das Licitações, não existe o Ministério Público e nem um Tribunal de Contas”, nota Pe- lissioni. “Você dá a ordem, e as pessoas cumprem.” Administrador público graduado pela FGVpaulista e pós-graduado pela USP, Pelissioni ocupou vários cargos na prefeitura e no governo de São Paulo. Dentre eles, a superinten- dência do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) e, em 2014, a Secretaria de Lo- gística e Transportes. Hámenos de umano na nova cadeira, ele temclara ameta de longo prazo para a mobilidade no Estado. “Há necessidade de uma malha pública de transporte rápida, moderna e integrada, para que as pessoas possam utilizar o transporte público para ir trabalhar no dia a dia e só utilizar o carro eventualmente nos fins de semana para viajar, por exemplo”, resume o secretário. “Isso é o que consideramos ser o ideal.”

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