RESPM-JUL_AGO-2015-alta
Estratégia Revista da ESPM | julho/agostode 2015 150 agregadoparaexportaçãoviaportodeSantos, jáseencon- tra absolutamente saturada entre os quilômetros 40 e 54. O mesmo ocorre com inúmeras vias do sistema de transportes e logísticadoEstadodeSãoPaulo,mais espe- cificamente o modal rodoviário, que emmuitos casos já se encontra saturado ou próximo à saturação. Vale ressaltar que a questão do acesso ao porto de Santos é emblemática e, apenas por meio do modal rodoviário, será impossível atender às demandas futuras da região. Como se pode perceber pelo exemplo das rodovias, as restrições, especialmente as que afetamdiretamente o desenvolvimento econômico-social e o respeito aomeio ambiente, transcendema infraestrutura física. A verda- deira limitação encontra-se na obsolescência domodelo deplanejamento, cujavisão funcional não respondemais à complexidade das grandes aglomerações urbanas. Em busca de uma visão sistêmica Na busca por novas alternativas, o governo de São Paulo, por meio da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), estruturou o Plano de Ação da Macrometrópole Paulista (PAM) 2013-2040, com um trabalho intensivo de dois anos, cujo propósito foi articular e viabilizar propostas advindas das diversas secretarias setoriais do estado. É importante ressaltar que aMacrometrópole Paulista (MMP) é definida por um quadrilátero que tempor vértices as cidades de Santos, Sorocaba, Campinas e São José dos Campos. OPAM ins- titucionalizou a reorganização da RegiãoMetropolitana de SãoPaulo, coma criaçãode três áreas: aRegiãoMetro- politana doVale do Paraíba e Litoral Norte (RMVPLN); a RegiãoMetropolitana de Sorocaba (RMS); e as Aglome- rações Urbanas de Jundiaí e Piracicaba. A abordagem empregada para a elaboração do PAM foi além da análise individual dos espaços geográfi- cos delimitados para as cidades — dado que contem- plou as redes formadas pelas cidades pertencentes à Macrometrópole Paulista, além de permitir uma atua- ção articulada e integrada, tanto institucional quanto setorialmente, entre elas. Dessa forma, o PAM concre- tiza uma Agenda Estratégica Estadual de longo prazo (2013-2040), e apresenta a proposta de uma carteira com 145 projetos e cerca de 70 ações, cuja estrutura contem- pla seis vetores territoriais: (Região Metropolitana de São Paulo; Bandeirantes; Vale do Paraíba; Caminho do Mar; Sorocaba; Perimetral da MMP) e três vetores sis- têmicos: (saneamento e recursos hídricos; desenvol- vimento ambiental e desenvolvimento habitacional), como mostra o quadro 2, na página ao lado. Todo ano, 44milhões de toneladas de cargas passampelaRegiãoMetropolitana de SãoPaulo. Quase ametade desse total vempelo eixoDutra-AyrtonSenna-CarvalhoPinto, quemovimenta 21milhões de t/ano Devido à sua capacidade de geração de riqueza e de suabase tecnológica, SãoPaulo temumgrande potencial econômico aindapouco explorado shutterstock
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