RESPM-JUL_AGO-2015-alta

julho/agostode 2015| RevistadaESPM 37 entorno. Já a densidade populacional de uma região inter- ferenocustoda infraestruturanecessáriano seuentorno. Teoricamente, quantomaior for a densidade, menor será o custo do sistema público de transportes, de transmis- são de água, energia, gás e até de segurança da região. O modeloamericanodevidanasperiferiasdas cidades, com utilização de automóvel e baixa densidade, não faz mais sentido hoje. Assim, cidades como Paris, com um ótimo transporte público, descentralização de serviços emaior densidade, tendem a ser os melhores exemplos. O Plano Diretor aprovado emSão Paulo, comtodas as suas falhas, tenta capturar essa essência, ao estimular a construção emregiões próximas a estações dometrô e de vias estru- turantes servidas por transporte público. Cada vez será mais importante avaliar comooempreendimento se inte- gra coma região e a infraestrutura existente. A mobilidade passou a ser um fator essencial para a qualidade de vida nos grandes centros. Logo, o planeja- mento das cidades deve ter uma coerência como plane- jamento do sistema de transportes namesma região. No Brasil, 7,4milhões de pessoas vivememcidades diferen- tes das quemoram, e o custo desse deslocamento diário em termos de consumo de recursos e qualidade de vida das pessoas é alto. A localização, mais uma vez, passa a ser importante, e sua relação como sistemade transporte existente ou planejado tambémdeverá ser considerada. E, como conclusão, quero passar umamensagemposi- tiva quanto ao setor da construção civil, quenoBrasil tem uma imagem negativa em relação à população, muitas vezes de forma injusta. O setor imobiliário é essencial paraodesenvolvimentodopaís epara aqualidadede vida das pessoas. Todos os problemas que estamos vivendo agora, como a Operação Lava-Jato e a crise econômica, podeme devemse transformar emgrandes oportunida- des paraque essemercadopossa sedesenvolver e ajudar a nação verde-amarela a caminhar para umfuturomelhor. Carlos Alberto de Moraes Borges Vice-presidente de tecnologia e qualidade do Secovi-SP e professor do curso de MBA em negócios imobiliários da ESPM Economia de água, reciclagem e reúso de materiais, entre outras práticas, entrarão commais força na agenda do setor da construção civil daqui para frente shutterstock

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