RESPM-JUL_AGO-2015-alta

Administração Revista da ESPM | julho/agostode 2015 56 “Alguns gestores públicos prestammuitaatençãono custo de fazer alguma coisa. Deviampreocupar-semais comos custos de não fazer nada.” Adaptado de Philip Kotler V ocê, assim como eu, já deve ter lido vários artigos e estudos sobre o tema “As cidades do futuro”. Em muitos casos, os autores abordamo assunto pormeio de ideias asso- ciadas à tecnologia, à sustentabilidade, à mobilidade, ao tamanho das cidades, às regras de convivência, ao meio ambiente etc. Por conta disso, o imaginário coletivo acaba desen- volvendomodelos de cidades onde tudo funciona auto- maticamente, a energia é abundante, limpa e renovável e a segurança é apoiada em câmeras de vídeo, compu- tadores e softwares que tudo veem e tudo sabem. Os carros flutuam (ou voam), guiados por sensores que impedem colisões, saídas da pista ou atropelamentos. Trens trafegamemaltíssima velocidade, commáxima segurança. Rios e lagos são despoluídos, a vegetação é abundante, a população é saudável e cordial etc. Algu- mas dessas possibilidades aparecem retratadas em diversas cenas de grandes sucessos cinematográficos de Hollywood, como Blade Runner , De volta para o futuro e muitos outros filmes. Naficção, aequaçãoda sustentabilidade—emsuas ver- tentes social, ambiental e econômica — é perfeitamente equilibrada. Assimcomo na obra Admirável mundo novo , de Aldous Huxley, as pessoas são como que “programa- das” para exercerem com denodo e eficiência todas as profissões, de gari a neurocirurgião, com igual satisfa- ção pessoal, respeito recíproco, remuneração adequada e sem qualquer problema de status ou discriminação social. Todas as profissões são nobres e necessárias. E aquelas tarefas commenor prestígio são exercidas por robôs ou máquinas, como no desenho animado Os Jet- sons , dos anos de 1960. Os problemas com o adensamento urbano, poluição emobilidade são resolvidos de duas formas: com trans- porte abundante, seguro, rápido e barato; ou comcentros urbanos que concentremmoradia, trabalho, educação e lazer em curtas distâncias, que podem ser percorridas a pé. Se tudo isso acontecesse na vida real, viveríamos em Shangri-la, comunidade mostrada no filme Hori- zonte perdido , onde todos vivembeme sãomuito felizes. Na ficção, aequaçãodasustentabilidade–emsuasvertentessocial, ambiental eeconômica–éperfeitamente equilibrada, comono filme Devoltaparao futuro. divulgação

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