RESPM-MAI_JUN-2015-alta

maio/junhode 2015| RevistadaESPM 133 cara; uma um pouco mais barata. Mas nenhuma custa quatro vezes o preço da outra. As pessoas veem o produto, gostam e, se tiverem di- nheiro, compram. Revista da ESPM — O consumidor, diante desse aperto, passaria a com- prar o mesmo produto de uma marca mais barata? Ou ele compra com me- nos frequência, mas é fiel à marca que já conhece? Julio — Quando a crise vem, o que você corta em primeiro lugar é o chantili do bolo. Mas o bolo está lá. Há segmentos que perderam parte substancial de seus clien- tes, mas o consumo básico das pessoas continua. As pessoas con- tinuam comprando. As redes de supermercados estão vendendo menos, mas continuam vendendo. O Brasil ainda é uma grande po- tência econômica. Revista da ESPM — E o consumidor jovem? Tem se falado muito sobre o poder que o jovem tem agora na construção das marcas. Tem alguma novidade nisso, ou o jovem cumpre o papel de sempre? Julio — Tem uma coisa nova, que é a internet. É impossível ter uma dis- seminação tão grande de um novo meio e esse meio não ter influência direta na venda de produtos. Revista da ESPM — Você diria que se pode falar no surgimento de novos perfis de consumidores? Julio — Lógico. Eles são jovens e criados dentro de uma nova cultura. Você, quando era criança, não tinha computador para aprender na escola. Hoje, toda escola tem computador. Quando se emerge num universo diferente, as reações são diferen- tes. Meus netos, por exemplo. Cada um tem um computador. Eles têm iPhones e se comunicam com uma multidão de pessoas. É óbvio que o comportamento deles é influen- ciado. Novas mídias geram novos impulsos. Há mudanças no compor- tamento, mas não na motivação. Hoje, a propaganda dos automóveis, por exemplo, está limitada apenas a mostrar o automóvel. Não tem razão para você comprar que não seja ver os atributos do carro divulgação

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