RESPM-MAI_JUN-2015-alta

Revista da ESPM |maio/junhode 2015 148 Responsabilidade socioambiental econsumo: umaequaçãonecessária Praticar obemnãoasseguraa liderançademercado.Mas, nos últimos 30anos, muitas empresas demonstraramque épossível construir ummundomelhor e obter bons resultados financeiros. Descubraqual é a fórmula capaz de equilibrar ageraçãode lucros comos dividendos sociais A definiçãomais primitiva demarke- ting traz à tona o conceito de troca. Mas nãoumprocessoonde duas par- tes simplesmente apresentamo que trouxeram para a arena, ou o mercado. Ela evo- lui para a amplitude da satisfação em trocar com aquele interlocutor específico. Assim, marketing passoua ser definido comooprocessode troca em que os dois interlocutores saem alegres, encan- tados, seguros e satisfeitos com este encontro, nesta arena, numdeterminado tempo. É possível verificar tal prática quando visuali- zamos umadesivo que faz alusão a determinada denominação religiosa ou credo, colado na tra- seira de umautomóvel. Um indivíduo fiel e satis- feito com o que tem recebido na prática daquela fé, retribui, ou seja, devolve como que chamamos “moeda de troca”, colando umadesivo e expondo a todos que o cercam essa sua experiência reli- giosa. Ele, satisfeito. Seu credo, promovido. Sua religião, propagada. Sua igreja, commais fiéis. E a cadeia de valores segue numa espiral ascendente. Namesma direção e sentido, há uma teia social emque esses fenômenos se repetem: no esporte, na política, na educação, nas instituições finan- ceiras, no supermercado e em todos os processos de troca que acontecemnessa grande arena cha- mada mercado. No entanto, esse desenho se torna, a cada momento,mais sofisticado, pois os elementos que o compõe envolvemumpersonagemcarregadode sentidos, informações, desejos e desapontamen- tos: o ser humano do século 21. Agora, convidamos você a embarcar em uma viagem pelo interior da memória de trocas das pessoas. Quais os elementos preponderantes que levaram cada um de nós a abandonar as arenas específicas, a processar novos conhecimentos, exigir relações mais comprometidas, a promo- ver, em suas redes sociais, elevados índices de satisfação e de desapontamento? É possível imaginar que os exemplos cres- çam exponencialmente em sua mente, pois todas as pesquisas apontam um consumidor mais exigente, mais crítico, menos fiel e com um punhado de alternativas que se apresentam comomais adaptadas aos seus anseios, desejos, ambições e vontade. Por Ismael Rocha eMarcus Hyonai Nakagawa Terceiro setor

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