RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA
março/abril de 2015| RevistadaESPM 101 desejo de um público popular, que tem um produto de alto valor agregado a preço mais competitivo. A estra- tégia genérica de crescimento de negócios, galgada na liderança de custos e de diferenciação, consiste na produção em massa na China, com segmentação em algumas variações na mesma linha de produtos. Com isso, a empresa consegue ter produtos diferen- ciados com uma base de custos que possibilita a eco- nomia de escala. Já é a hora de o Brasil apresentar uma indústria forte, comumproduto final de alto valor agregado, mesmo que tenhadeimportarpartedeseusinsumos,comoocorrecom outrospaísesmaisbemposicionadosnaeconomiaglobal. Todasaseconomias consideradasdesenvolvidas têm, por exemplo,umaindústriaautomobilísticaforte,capazdeala- vancaroutrossetoreseconômicos, comoosdeaço, vidroe combustíveis, fortalecendo o sistemafinanceirodopaís. Face ao exposto, pensando em Brasil, temos diver- sos fatores que influenciampositiva ou negativamente cada tipode segmentodenegócios. O importante é saber como interpretar a situação e os possíveis cenários, para tirar conclusões de forma diferente, que irão refletir nas ações das empresas. O caminho das pedras... Longede ter uma soluçãodefinitivapara a atual situação, é imprescindível que o governo faça omínimo necessá- rio, com uma visão mais focada de mercado: melhoria da infraestrutura e menor intervenção no consumo e nos investimentos internos. A economia não é resultado direto da atuação do governo, mas das empresas e, portanto, não se devem impor barreiras que tornemo dinheiro para o consumo e investimentos mais caro ou escasso. Do lado da ini- ciativa privada, inúmeras são as possibilidades para se manter o diferencial e a vantagem competitiva. Clayton Christensen, professor da Harvard, defende a ideia da inovação disruptiva (1997), no sentido de melhor disponibilizar produtos e serviços, a partir da aceitação do consumidor. São exemplos pontuais: a evolução do computador empresarial para o lap- top pessoal; do pager para o celular; do livro para o e-book; do DVD para o on demand , o cinema e a tevê. Na atualidade, dificilmente teremos grandes trans- formações de um produto para outro, mas há nichos AMichael Korsusaaestratégia masstige para transformar suasbolsasemobjetodedesejodeumpúblicopopular, queconseguecomprar umprodutodealtovalor agregadoa preçosmaiscompetitivos. ÉumnegóciodaChina! latinstock
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