RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA
entrevista | Washington Olivetto Revista da ESPM |março/abril de 2015 118 castrar a ousadia. Outro aspecto do que, teoricamente, seria um avanço profissional: começou-se a pensar de ambos os lados que não ter vida pes- soal é mérito. No negócio da comuni- cação, quem tem ideias brilhantes são os caras constantemente realimenta- dos pela vida. Ao abdicar desse espaço, você estará trabalhandomais e pior. Arnaldo — Falando em resultados, na crise, as empresas também se recolhem e cortam custos como instinto de so- brevivência. Em momentos históricos, como a Segunda Guerra Mundial, a Coca-Cola acompanhou os soldados americanos no front, e a Ford manteve viva a imagem de sua marca com a célebre campanha “Há um Ford no seu futuro”. Não há uma oportunidade hoje para engajamento das marcas? Washington — Numa situação des- sas, ficam muito claros os dois uni- versos de clientes que são melhores para trabalhar como agência. Um é aquela empresa de dono. Ele vai lá e toma uma decisão, seja ela qual for. E outro são as empresas com estru- tura mercadológica muito forte e que sabem a importância da construção de marca. No meio desses, há aquele sujeito que se encolhe, as decisões são postergadas e perdem-se oportu- nidades. Nesse sentido, a Coca-Cola é um belíssimo exemplo de compa- nhia que continua desenvolvendo sua estratégia de marca — promo- ções, eventos etc. — à perfeição. Para os líderes, crise é ummomento estra- Os novos profissionais fazemumpouco de tudo aomesmo tempo. São publicitários que dominamdiversas áreas – redação, direção de arte, planejamento, mídia –, mas que sabemfazermelhor uma dessas atividades
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