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Revista da ESPM |março/abril de 2015 128 No final de março, a Embraer recebeu um pedido da Air France-KLM para a compra de até 34 aviões E-Jets, no valor de US$ 1,5 bilhão. A notícia foi muito comemorada pela companhia brasileira, que aposta na ampliação de sua participação no exterior, como explica Nelson Salgado, vice-presidente de relações institucionais e sustentabilidade da Embraer Revista da ESPM — No ano passa- do, a Embraer inaugurou seu centro de serviços em Sorocaba e divulgou investimentos de US$ 650 milhões para 2015. O que foi levado em conta na definição desses investimentos? Nelson — Atualmente, a Embraer está investindo em uma série de projetos. Na área de aviação comer- cial, a empresa está desenvolvendo os E-Jets E2, segunda geração da fa- mília de E-Jets de aeronaves comer- ciais. Lançados oficialmente em junho de 2013, os E-Jets E2 terão in- vestimento de US$ 1,7 bilhão, che- gando ao mercado em 2018. Na área de defesa, estamos desenvolvendo, em parceria com a Força Aérea Brasileira, o jato cargueiro KC-390, que irá produzir um avião de trans- porte militar tático, de reabasteci- mento em voo, que representa um avanço significativo em termos de tecnologia e inovação para a indústria aeronáutica brasileira. Trata-se de uma aeronave projeta- da para estabelecer novos padrões em sua categoria, com menor custo operacional e flexibilidade para executar uma ampla gama de mis- sões: transporte e lançamento de cargas e tropas, reabastecimento aéreo, busca e resgate e combate a incêndios florestais, entre outras. Já na aviação executiva, no ano passado, colocamos no mercado o Legacy 500, da categoria mid-size , que faz parte de uma nova geração de jatos executivos que chega ao mercado. Com sofisticadas tecno- logias nunca antes utilizadas nes- sa classe de aeronaves, o Legacy 500 também trouxe inovações no sistema de manufatura ao aliar au- tomatização, robótica e o conceito paperless em processos de fabrica- ção. Em termos de investimentos, a Embraer iniciou, em outubro de 2014, a construção da fábrica para montagem das aeronaves Legacy 500 e Legacy 450, nos Estados Unidos. Com 22 mil metros qua- drados, a nova unidade terá quatro novos prédios, sendo um hangar de montagem, uma cabine de pin- tura, um centro para instalação de interiores e outro de preparação de voo, além de um novo centro dedicado às entregas. Essa fábrica irá ampliar os atuais 20 mil metros quadrados de nossa unidade loca- lizada no Aeroporto Internacional de Melbourne e deverá entrar em operação em 2016. Revista da ESPM — Durante o pro- cesso de planejamento estratégico da companhia, como a Embraer define o cenário futuro para o seu ramo de negócios? Nelson — Anualmente, a partir de análise sobre o cenário político e econômico mundial, num horizonte de 15 anos, definem-se premissas para que as unidades de negócios e as unidades operacionais cons- truam suas propostas estratégicas. Em seguida, debates em reuniões dedicadas levam à atualização do plano estratégico corporativo, que é então submetido ao conselho de ad- ministração da companhia. Dessa forma, a Embraer se mantém conti- nuamente preparada para adaptar- se e competir em um mundo em constante transformação. MadeinBrazil “Comgrande parte das operações e 90%da força de trabalhonopaís, aEmbraer acompanha o cenáriopolítico e econômiconacional e ajusta oplanejamento sempre quenecessário” nelson salgado | Embraer

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