RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA
Globalização Revista da ESPM |março/abril de 2015 140 driblar as desvantagens competitivas e incrementar os níveis de inovação. O indicador mais crítico para competitividade da indústria manufatureira, principalmente a brasileira, é a falta de talentos voltados para a inovação, ou seja, a carência de cientistas, pesquisadores e engenheiros qualificados. Logo, no estágio emque nos encontramos, é mais interessante apostar em inovar, investindo em países mais experientes emenos na exploração demer- cados similares aos nossos. Outro índice, oGlobalManufacturingCompetitiveness Index, mostra o nível de competitividade dos mercados em termos de operações demanufatura. Os paísesmais competitivos para a abertura de plantas produtivas são: China (1º), Alemanha (2º) e Estados Unidos (3º). Desta- cam-se no ranking países em desenvolvimento como Índia (4º), Taiwan (6º), Brasil (8º) e Cingapura (9º), como aponta o ranking da página 139. Percebemos assim que existe a tendência de eco- nomias em desenvolvimento crescerem mais que as desenvolvidas. Por outro lado, existem desafios ine- rentes à atuação em economias emergentes, como a falta de infraestrutura entre outros riscos institucio- nais. Em suma, observamos que os países asiáticos se destacam nos rankings internacionais como os mais competitivos, tanto para a abertura de plantas quanto para exploração de mercado consumidor. Quem foi para fora? O estudo Balanço das 100 multinacionais brasileiras: na busca por mercados e consumidores globais , realizado pelo Observatório de Multinacionais Brasileiras da ESPM, revela que as empresas que mais se internacionalizam são as manufatureiras (69%), seguidas pelas de serviço (26%) e extrativistas (5%). São vários os motivadores que influenciam nossas empresas a investir no exterior. No setor manufatu- reiro, por exemplo, predomina a busca por recursos estratégicos, como mão de obra mais barata, acesso a matéria-prima, procura por novos conhecimentos, que podem representar melhorias a serem incorporadas em produtos e processos. Tambémestão na lista a busca por países commenor nível de burocracia e tributação que o Brasil e o desejo de expandir omercado consumidor, alocando-se próximo a ele. Essa realidade se justifica, especialmente no caso demultinacionais, cujos produtos possuembaixo valor agregado. Assim, a estratégia de exportação passa a ser substituída pelo IED, ou seja, a abertura de plantas pro- dutivas no exterior. Já as multinacionais do setor de serviços em tecnolo- gia da informação buscam ingressar empaíses cujamão de obra oferece melhor custo-benefício que o Brasil ou que o pátio industrial esteja empleno desenvolvimento. Observa-se ainda ummovimento de seguir os clientes, ou seja,muitas empresas se internacionalizampara aten- der seu cliente local no exterior. Ospaísesasiáticossedestacamnos rankings internacionais comoosmaiscompetitivos, tantoparaaaberturadeplantas quantoparaexploraçãodemercadoconsumidor OMarket Pontencial Index aponta que osmelhoresmercados para investir nos próximos anos são China, HongKong e Japão latinstock
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