RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA

março/abril de 2015| RevistadaESPM 141 Em outra frente, as empresas extrativistas se inter- nacionalizam na busca por recursos, matéria-prima e manutenção dos índices de competitividade para não seremengolidas por seus competidores internacionais. Mas o que diferencia as empresas dos países emer- gentes que resolvem desbravar novos mercados no exterior? Empresas multinacionais que têm como ori- gempaíses desenvolvidos usufruemde vantagens rela- cionadas à posse de tecnologia superior, marca forte, gerentes bem preparados. E nós, o que os emergentes têm de melhor? Emergentes falam a mesma língua: nossas empre- sas têma habilidade de adaptar tecnologias e desenvol- ver produtos e serviços para os consumidores locais. A Natura, por exemplo, adaptou alguns perfumes para atender às exigências do mercado mexicano, que valo- riza fragrâncias mais fortes e duradouras. Temos excelência operacional. Somos criativos, podemos fazer mais com menos: otimizar processos produtivos e usar menos recursos. Um exemplo é a Embraer, que atua em vários países e é reconhecida como importante player mundial numdos setoresmais inovadores do mundo. Contamos coma vantagemda adversidade. As empre- sas brasileiras sabematuar emambientes desestrutura- dos e caóticos, que carecemde infraestrutura, políticas favoráveis e outros tipos de instituições. A Odebrecht, empresa de engenharia, atua empaíses africanos e ára- bes de forma eficiente, sendo benchmarking mundial. Somos mais diferentes que os outros. Apesar de ser- mos um entrante tardio na arena competitiva global, podemos aprender com o processo de internaciona- lização das nossas empresas e sermos pioneiros em alguns segmentos, operando na fronteira tecnoló- gica e consolidando nossas marcas mundialmente. A Havaianas, por exemplo, possui uma tecnologia de beneficiamento de matéria-prima inovadora e uma marca reconhecida mundialmente. OBrasil possui umdosmaiorescustosdemão deobradomundo, comumamédiadeUS$12/hora, anteosUS$0,9doMéxico eosUS$2,8daChina latinstock