RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA
entrevista | Luiz Carlos Mendonça de Barros Revista da ESPM |março/abril de 2015 18 mais à direita. Ainda precisa surgir quem vai ocupar esse espaço. Alexandre — Não é o Aécio? Luiz Carlos — Não sei. Ele não tem discurso. O PSDB não tem ainda um discurso, mas na políti- ca não tem espaço vazio. Os par- tidos terão de modular um novo d i scu r so, um novo prog rama , para se adequar a esta sociedade nova que tem aí. Agora eu não te- nho dúvida de que, olhando mais para frente, o Brasi l será outra economia, outra sociedade. Não tenho dúvida. Alexandre — O desafio seria admi- nistrar este ano difícil sem tomar deci- sões agora que vão dificultar a vida da empresa quando for a hora de voltar a acelerar? Luiz Carlos — Você precisa ter uma gestão dupla. Uma gestão [olhando] mais à frente e um gabinete de crise para gerir este ano e um pouco do ano que vem. Alexandre — O que dá para dizer sobre o câmbio? Luiz Carlos — Naturalmente, a taxa de câmbio ia se desvalorizar, por conta do dólar, que está se valori- zando no exterior. Só que o Banco Central e o Joaquim Levy agregaram outro componente a essa equação: a instabilidade sobre qual é a postura dele em relação à política cambial. Aí, temuma barbeiragemdo Levy. Alexandre — Por que ele disse que não ia mais manter uma taxa artifi- cialmente valorizada? Luiz Carlos — Porque não era o momento de falar isso. O Brasil já vive uma volatilidade política, uma volatilidade de ajuste da inflação, e aí o governo diz: “olha, eu não vou Naopiniãode”Mendonção”,opróximogovernoseráreformista,porqueasociedadequerisso.Eacorrupção naPetrobraséapedradetoquedessemovimentoquetendeacresceraindamaisem2015.”Ospartidosterão demodularumnovodiscurso,umnovoprograma,paraseadequaraestasociedadenovaquetemaí” latinstock
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