RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA

março/abril de 2015| RevistadaESPM 41 Omercadoédefinidopor pessoascomdinheironobolso evontadedegastar. Talvezestassejamasmaiores causasdas incertezas. Teremosmercado?Atéquandoas pessoas terão rendimentossuficientesparacomprar? e, consequentemente, de perceber as suas dificulda- des, necessidades e valores. Perdemos oportunidades por não termos mais sensibilidade de detectar o que o mercado precisa. Apenas quando absorvemos as emoções dos nos- sos clientes é que entendemos o impacto da insegu- rança em seus reais valores, quais comportamentos foram extintos e quais e quantos têm surgido, o que os torna mais confiantes e, principalmente, como os nossos produtos e serviços podem atender e respon- der às suas necessidades e dificuldades. 4. Exercite a visão por novos ângulos Quando estamos diante de uma situação difícil, ten- demos a enxergar a realidade da forma que nos deixe mais confortáveis. Esquecer de dar alguns passos para um lado, para outro ou ainda para trás pode nos impe- dir de ter a percepção de objetos que estavam escondi- dos, caminhos que não conseguíamos ver, barreiras que se tornaram menos ameaçadoras. Quando a luz muda, um novo cenário pode se desenhar. Conhecer o vento, analisar o terreno, prever a chuva, pensar no tipo de calçado, tudo isso é fundamental, mas não garante que cheguemos ao nosso destino, e, mais ainda, com segurança. Em tempos de incerteza, o caminho a ser percorrido perpassa pela reflexão e revisão de nossos objetivos. Esquecemos de que tudo na vida requer um foco. Acei- tamos aumentar a produção, investir em mercados e em produtos sem refletirmos aonde isso nos levaria. Priorizamos a expansão no lugar do aperfeiçoamento. Paramos de avaliar com honestidade e de forma obje- tiva: no que nós somos bons? E no que nós somos óti- mos? O que fazemos que os outros não fazem? Como podemos fazer melhor, por mais tempo e com maior eficiência? A paralisia, sobretudo aquela decorrente do receio de errar, tem de ser evitada. Ajuste as velas e retome o controle do seu negócio. O que vai diminuir o risco é o monitoramento contínuo do mercado, e não a falta de atividade. Licinio Motta Neto Diretor do pós-graduação da ESPM-SP e da ESPM Consult-SP shutterstock