RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA
março/abril de 2015| RevistadaESPM 45 complexidade é um bom ponto de partida para reduzir a imprevisibilidade e calibrar as expectativas. Masporquepersistimosemmanterascrençasantigas? Como não há regras e métodos estruturados para se ade- quar aomundo do aqui e agora, que são as formas comas quaisnós fomos capacitadosparagerirmos as empresas e asnossasvidas,temosdificuldadeparainiciaramudança. O julgamento e a intuição Quando reconhecemos uma palavra, nós tambémtemos acesso às informações na nossamemória sobre o signifi- cadodaspalavraseoutras informaçõesassociadas. Então, “nossa habilidade em falar e entender a linguagem temo mesmo sabor de intuição ou julgamento que a habilidade deummestreenxadristapara jogar xadrez rapidamente”, comoressaltaHerbertA.Simon,queem1978ganhouoPrê- mio Nobel de Economia, por pesquisas pioneiras no pro- cessode tomada de decisões nas organizações. “A intuição dos especialistas nos parecemágica, mas não é”, completa Daniel Kahneman, que em 2002 rece- beu o Prêmio Nobel de Economia, ao defender a tese da teoria da perspectiva. “Intuições válidas são desenvol- vidas quando os especialistas aprendem a reconhecer elementos familiares emuma nova situação e agemde uma forma apropriada para isso.” “Umgestor experiente, como ummestre enxadrista, tem em sua memória uma bagagem de conhecimento adquirido por treinamentos, experiências organiza- das em termos de reconhecimento de padrões e infor- mações associadas”, salientou Simon em1987, quando concluiu suapesquisa sobremestres enxadristas. “Asitu- ação provê umpalpite ou sugestão. Essa sugestão provê o especialista de acesso à informação armazenada em sua memória, e a informação fornece a resposta. Intui- ção nadamais é que reconhecimento.” Intuições válidas shutterstock De forma semelhante aos rituais dos incas, as organizações realizamcerimoniais de planejamento combase emcrenças que geram resultados diferentes das expectativas
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