RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA
Revista da ESPM |março/abril de 2015 62 O PES mostra ocaminho! Confiraas contribuições oferecidas pelo planejamento estratégico situacional paraa tomadade decisão emambientes de incerteza Por Luiz Roberto RomeroGonçalves O tratamento do problema da incerteza no processo de tomada de decisão negocial exige que amplie- mos nosso escopo conceitual e metodológico, analisando ideias e práticas utilizadas no âmbito mais geral da sociedade. Se considerarmos que na essência da governança corporativa está o conceito de governo, indepen- dentemente do tipo de instituição que se governe, podemos então obter importantes e pertinentes contribuições do pla- nejamento estratégico situacional (PES), um criativo e consis- tente referencial metodológico desenvolvido pelo economista chileno Carlos Matus, a partir do final da década de 1970. Embora a experiência predominante do autor tenha sido no âmbito das instituições públicas, suas instigantes ideias são extremamente atraentes para a realidade corporativa brasileira. De um lado está a nebulosa e intrincada relação público-privada de nossa sociedade, onde o ente governamental participa ativa- mente como umdos principais stakeholders das empresas. Em outra frente temos a crescente participação de outros stakehol- ders na configuração do ambiente de negócios, tais como sin- dicatos, associações de moradores e entidades civis represen- tativas dosmais diversos interesses sociais. A incorporação de significativa diversidade de interesses e forças políticas cons- titui elemento de aproximação entre o mundo corporativo e o referencial institucional trabalhado por Matus emseu sistema de planejamento. Paracompreender comooPESpodecontribuir paraoprocesso decisório emtempos de incertezas, é preciso analisar as quatro ideias-chave do método proposto, que é descrito por Matus no livro Política, planejamento e governo (Ipea, 1993). Planejamento
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