RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA

março/abril de2015| RevistadaESPM 77 Sisodia — Sim, boa parte nos Estados Unidos, porque é onde conseguimos muito mais acesso aos dados dessas companhias. Há algumas empresas na Europa e poucas na Ásia. Não me recordo de nenhuma da América Latina, especificamente. Arnaldo — Podemos afirmar que o capitalismo consciente seja uma ponte capaz de unir os valores da economia de mercado com as origens solidárias do socialismo? Sisodia — Eu acredito que sim, na medida em que você oberva o capita- lismo consciente como uma maneira de aproximar todos os stakeholders: sociedade, acionistas, clientes, par- ceiros e colaboradores. E coloco a sociedade em primeiro lugar, porque ela é a grande força transformadora. O fato é que a maneira como vimos fazendo negócios está provocando mais estragos do que benefícios para a sociedade. Por isso, é preciso criar uma nova conexão entre as empresas e a comunidade para se gerar valor em prol dos interesses coletivos. Portanto, a relação entre o capitalismo consciente e o socialis- mo é a de priorizar o bem maior. As iniciativas feitas pelos dois lados até agora não foram bem-sucedidas. O socialismo se propunha a distribuir a riqueza igualmente, mas não ofe- recia liberdade e autonomia para as pessoas. Como havia interferência demais do governo, a eficiência era baixa. O capitalismo tradicional se baseou na liberdade, mas sem a con- trapartida de responsabilidades para com a sociedade, fazendo comque as empresas trabalhassem apenas para seu próprio benefício. A essência do capitalismo consciente é a de que você precisa se preocupar com os outros, em construir uma sociedade latinstock AWhole Foods abriu sua primeira loja em1980, no Texas (EUA). Comuma abordagemque inclui todos os stakeholders emseumodelo de negócios, hoje ela é lídermundial emalimentos naturais e orgânicos, commais de 360unidades naAmérica doNorte e noReinoUnido

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