RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA

Pesquisa e Desenvolvimento Revista da ESPM |março/abril de 2015 94 Parar de inovar significahipotecar o futuroda empresa. Aliás, apior coisaque pode existir para inovação é adescontinuidade Como não aprecio a posição de vítima, tenho certo que apenas reclamar é um desperdício de tempo. É preciso que a iniciativa privada e o setor público tra- balhem juntos em programas estruturantes. O Brasil tem investido em atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D), que são a base da inovação tec- nológica, aproximadamente 1,25%do PIB, e esse número não temevoluído demaneira substancial. Observamos o esforço público para alavancar a inovação, mas, do ponto de vista do empresariado, esse esforço ainda precisa ser ampliado. Nas economias que colocaram a inovação no centro da sua agenda, como Estados Unidos, China, Coreia do Sul e Japão, investe-se acima de 2,5% do PIB. Emcontextos de crise ou não, é importante que, como país, tenhamos uma visãode curto,médio e longoprazos. Além da criação de programas de fomento e de incen- tivo, precisamos tratar de outras questões que também afetam o nível de investimento do Brasil. Podemos criar as condições para fomentar investi- mentos nas empresas tendo mais acordos e inserção internacionais, estabelecer uma agenda de proprie- dade intelectual mais conectada globalmente, mais rápida e mais ágil, reduzir o custo da burocracia, esti- mulando no Brasil as empresas que tenham maior densidade tecnológica, e trazer mais investimentos para o país. Tendemos, no Brasil, a centralizar os debates em programas de fomento e de incentivo. Eles são impor- tantes e têm feito a diferença, mas não podemos nos limitar a isso. O grande incentivo para investir em inovação é a existência de ummercado. As empresas que investem em inovação procuram o mercado. Que- rem conquistá-lo, evoluir e se inserir em mercados shutterstock

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