RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA
março/abril de 2015| RevistadaESPM 95 globais. O país precisa avaliar os elementos nos quais deve trabalhar para melhor desenvolver esses merca- dos. Por exemplo: precisamos ter mais programas de capital empreendedor e programas de apoio a inves- timentos de risco mais elevado. Precisamos acelerar a velocidade das transforma- ções, formar mão de obra qualificada, tanto do ponto de vista técnico quanto do desenvolvimento de lide- ranças, e fazer baixar o chamado “custo Brasil” — que afeta não só os investimentos em inovação, mas o país como um todo. Aliás, é bom lembrar que o custo de inovar no Brasil chega a ser igual ou superior ao de alguns países desenvolvidos. A nossa burocracia nos torna menos ágeis, e a inovação pede agilidade, que, por sua vez, não combina com burocracia. Precisamos trabalhar na direçãode umprotagonismo global eminovaçãoemáreasestratégicasparaopaíseque nos permita uma inserçãomais ativa no comércio inter- nacional de produtos de alto valor agregado. Comparo o momento atual com uma corrida. É fácil correr na descida, embalado por fatores internos, como consumo superaquecido, ou por fatores externos, como o crescimento da China. Difícil é escalar uma subida, porémé exatamente nesta etapa que se ganha a prova. O momento atual é como correr na subida. Eminovação, isto tambémse aplica. Seguir investindo em inovação, mesmo emmomentos complexos, vai ser importante para as nossas empresas e o Brasil darem o salto de que precisamos. Gerson Valença Pinto Vice-presidente de inovação da Natura e presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) Precisamos acelerar a velocidade das transformações, formarmãode obra qualificada e baixar o chamado “custo Brasil” –que afeta opaís comoumtodo shutterstock
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