RESPM_MAR_ABR_2015 ALTA

inovação Revista da ESPM |março/abril de 2015 98 A essênciadoplanejamentoestratégico reside em antecipar as etapas que uma empresa terá de percorrer no ciclo de sua existência. Essas etapas preconizam a construção de cenários, por meio de simuladores, a partir da análise das variáveis disponíveis para prognosticar os diferen- tes comportamentos dos stakeholders que compõem o seu ambiente de negócios. Esse é o papel do planeja- mento estratégico. Entretanto, quando essas variáveis externas con- flitantes se tornam muito frequentes e não represen- tam mais a exceção, mas sim a regra dos negócios, a empresa deverá reconsiderar a sua postura frente ao mercado, ao seu ambiente de negócios e ao seu planeja- mento estratégico. Ambientes com constantes disrupturas podem ser prejudiciais para empresas menos preparadas, que seguemcartilha e que expressamnos seus planos uma visãomeramente burocrática e reducionista sobre seus negócios. Já para outras companhias, pode significar a oportunidade de quebrar paradigmas organizacionais e explicitar sua competência de adaptação ou antecipação de ambientesmais competitivos. A seguir, você confere como as empresas podemmanter as suas estratégias de crescimento e desenvolvimento de negócios, mesmo emambientes incertos, como o da economia brasileira. Se depender das previsões da atual equipe econô- mica, indicando um provável resultado primário de 1,2% em 2015 e de 2% nos dois próximos anos, a deci- são dos empresários e investidores nada mais será do que a prevenção, devido ao fato de as previsões ante- riores não terem sido concretizadas e pela perspectiva de estagnação e recessão, desta vez não técnica, mas da economia brasileira. De acordo com os depoimentos de cinco empresá- rios que atuam em diversos setores da economia, essa prevenção inclui a diminuição de novos investimentos, a não renovação de bens de capital e a desoneração da folha de pagamentos por meio de programas de demis- são seletiva, o que, invariavelmente, vai influir no nível e na qualidade da produção, além do poder de compra dos consumidores. Nos últimos 12 anos, o Brasil passou de uma estabi- lização da inflação — com deficit fiscal e de comércio exterior — para o cenário atual, que apresenta deficit primário acentuado, dependência do mercado expor- tador para commodities ( como a soja e o minério de ferro, NoBrasil, estamosvivendosobaégidedeum possível racionamentodeágua. Algumasempresas estãoencarandoasituaçãocomoumaoportunidade real enãocomoumaameaça latinstock

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