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Revista da ESPM | setembro/outubrode 2015 104 ruben bi si | Marcopolo Revista da ESPM — Que motivos levaram a Marcopolo a investir em fábricas no exterior, em vez de montar seus produtos no Brasil e exportá-los a partir daqui? Bisi — Para entender o que aconteceu é preciso voltar no tempo e analisar os movimentos de mercado que nos levarama isso. Primeiro, aMarcopolo sempre teve uma “veia” exportadora e, desde 1961, exporta os seus ônibus. A atuação no mercado externo come- çou com uma venda para o Uruguai. Depois, vieramos negócios emoutros países, a exportação de tecnologia para oMéxico, nofinal dos anos 1980, que foi seguida por umprocesso de in- ternacionalização estruturado que se estende até hoje. Implementado a par- tir da metade da década de 1990, esse processo teve dois períodos distintos, mas igualmente importantes para o sucesso do plano. No primeiro, de 1997 a 2003, para crescer no exterior, a companhia adotou a estratégia de Ônibusverde-amarelo invadeoexterior! RubenBisi, daMarcopolo: ”Não se pode viver somente focadonomercado domésticopor riscode se perder a competitividade, a eficiência e a produtividade” divulgação O negócio da Marcopolo é montar carrocerias sobre chassis de fornecedores como Mercedes-Benz, Vol- vo e Scania. Hoje, a empresa de Caxias do Sul é a sétima no ranking mundial de fabricantes de ônibus, com 6% do mercado global. Nesta entrevista, Ruben Bisi, diretor de negócios internacionais e estraté- gia da Marcopolo, detalha todo o processo de internacionalização da empresa, que é referência mun- dial no encarroçamento de ônibus, com mais de 400 mil unidades produzidas desde sua fundação, em 1949. Atualmente, a companhia atua em mais de cem países, com três unidades fabris no Brasil e outras 12 no exterior. “Não se pode viver somente focado no mercado doméstico por risco de se perder a competitividade, a eficiência e a produtividade”, assegura o executivo.

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