RESPM-SET_OUT-2015-baixa

setembro/outubrode 2015| RevistadaESPM 129 suas subsidiárias em países emergentes e consegue transferir esses processos para amatriz e outras unida- des da corporação, a companhia reduz seu custo, pois passa a executar um projeto mais “enxuto”. Caso con- sidere necessário, a corporação pode baixar o preço de seus produtos ou serviços ou, se não for esse o foco, ela pode ainda elevar suas margens mantendo o mesmo preço, porém executando-os a um custo mais baixo. Terceiro ponto: a inovação reversa atua em prol dos mercados emergentes, como é o caso do Brasil, que não possui sistemas de inovação bem estrutura- dos em todos os setores produtivos. Claro que isso não é regra geral. Alguns setores e certos clusters se destacam e nesses devemos estimular e investir em alta tecnologia. No entanto, todos sabemos que, em determinados setores, quando nos comparamos aos países desenvolvidos, a competição por atrair opera- ções de alta tecnologia fica difícil, pois comparati- vamente temos piores condições estruturantes que sustentam essas atividades. Por sua vez, a inovação reversa não requer, necessariamente, alta tecnologia, mas exige capacidade de resolver problemas, criativi- dade e flexibilidade perante poucos recursos, e nisso somos experts. Não por treinamento formal, mas por vivência. Imagine, então, o que acontece quando as empresas estimulam e aperfeiçoam essas capacida- des! Eis uma vantagemcompetitiva empotencial, pois teremos a capacidade de explorar e melhorar aquilo que já nos é inato. Na inovação jugaad (inovação do improviso), as oportunidades surgemdas adversidades, como no caso clássico de usar garrafas PET commistura de água e detergente para iluminar interiores shutterstock

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