RESPM-SET_OUT-2015-baixa

Revista da ESPM | setembro/outubrode 2015 34 panorama obra liberado pelo setor industrial. Comuma produtivi- dade média mais baixa do que a industrial, esse deslo- camento fez cair ainda mais a produtividade média. O dinamismo criador de valor econômico veio da agricul- tura e da mineração. Foi o setor primário que mostrou dinamismo nos aumentos de produtividade. A agricul- tura revolucionou o mapa do desenvolvimento no país, produzindo grande parte das exportações quemantive- ramo equilíbrio no setor externo da economia. Ela o fez com tal momentum que, junto com taxas de juros eleva- das, terminou por valorizar fortemente a moeda brasi- leira, o que acentuou o processo de desindustrialização. Nenhumadessas tendênciaspareceemviade reversão. A agricultura seguirá pujante, o Estado seguirá caro. Nãosevisualizaaindaumareformasubstancial doEstado, aindanãoapareceuumageraçãopolíticaconvictadaneces- sidadedeuma reforma liberal. Aqualidadedaeducação, se atacadacomdeterminação, requereriade20a50anospara produzir resultados. A rigor, são duas gerações. Por mais que coloquemos recursosna educação, os resultados leva- rãodécadaspara se fazeremsentir, pois éprecisoqueuma nova geração de professores, formada por profissionais mais capazes, passe a dirigir a educação. O setor de servi- ços continuará sendoestuáriodabaixaqualidadeda força de trabalho brasileira, e a escassez de recursos humanos de alta qualidade continuará limitando a sua eficiência e diversificação. Uma importantepartedosetor industrial e da agricultura de baixa produtividade permanecerá aten- dendo ao mercado interno, o que, aliás, constitui um dos nossostrunfoseconômicos,omercadointernopermitindo a sobrevivência de setores pouco competitivos emtermos internacionais.Aagriculturaeamineraçãodealtaproduti- vidadecontinuarãosendoossetorespujantesdaeconomia. Emtal cenário, as perguntas estratégicas seriam: onde se afigura possível fazermais avanços commenos recur- sos? Comomanter umnível mínimo de competitividade enquantoumapossível revoluçãona educaçãonãoprodu- zir seus impactosmais profundos? Para onde direcionar esforços? Uma certeza existe: não haverá recursos sufi- cientes para atender a tudo. Que setores privilegiar?Creio que essas perguntas têm resposta, e essa resposta tem Aqualidade da educação, se atacada comdeterminação, requereriade 20 a 50 anos paraproduzir resultados. Arigor, sãoduas gerações Aagricultura revolucionouomapa do desenvolvimentono país, produzindo grande parte das exportações, quemantiveram o equilíbriono setor externo da economia latinstock

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