RESPM-SET_OUT-2015-baixa

Cadeiasglobaisdevalor A s cadeias globais de valor são consequência da globalização da eco- nomiamundial edanecessidadede intercambiar produtoseserviços cada vez mais competitivos. Infelizmente, nosso país corre o risco de perder novamente o bonde da história. Depois de uma fase promissora, iniciada no governo de Fernando Henrique Cardoso, o Brasil adotou uma política econômica voltada para si mesmo e um teor terceiro-mundista em suas relações com outros países, isolando-se cada vez mais e perdendo as posições já conquistadas. A Volkswagen, por exemplo, havia elegido o Brasil como centro de desenvolvimento e exportação de novos modelos, dentro de sua cadeiamundial de valor, mas foi forçada pelas circunstâncias a transferir para o México essa missão. Atualmente, salvo raras exceções, como o caso emblemáticodaEmbraer, oBrasil participade algumas cadeias de valor como mero fornecedor de produtos agrícolas e minerais, ficando à margem do de- senvolvimento tecnológico que está mudando a face do mundo. No entanto, o próprio caso da Embraer é prova de que temos condições potenciais não só paraparticipar das cadeias globaisdevalor das grandesmultinacionais, como também até de liderar cadeias, fornecendo o conhecimento e a inovação e reforçando a presença de marcas próprias no exterior. Veja-se, por exemplo, ocasodaApple, naproduçãoe comercializaçãode seu smartphone. OprodutoécomercializadoporUS$400nosEstadosUnidos, dos quais US$ 5 vão para a China, onde é feita a montagemdo aparelho, e US$ 45 vão para o Japão e outros fornecedores, responsáveis pelo chip. Ficam com a Apple nadamenos queUS$ 350, e isto só se justifica porque amarca e a tecno- logia do aparelho pertencem a ela. Finalizando, nestaedição, chamamosaatençãodo leitorparaaentrevistade SorayaSaavedraRosar, gerentedenovosnegóciosdaCNI, naqual eladefende a importância de não fecharmos as portas para o mundo, se quisermos recu- perar o tempo perdido. A descrição que ela faz das condições lastimáveis da agendadenovos acordos comerciaisdopaís seriacômica, senão fosse trágica. Corroborandoesses fatos, oeconomista-chefedoBancoMundial paraAmé- rica Latina, Mark Dutz, diz, textualmente, em sua entrevista ( ver página 12 ) o seguinte: “O Brasil já era um país fechado na última década, fechou-se ainda mais”. Édifícil acreditar queoatual governosejacapazdemudar esta situação. Enfim, nossa Revista chega à sua 100ª edição com a mesma atualidade de sempre, levantandotemas importantesparaoBrasil eparaasnossasempresas. Francisco Gracioso Presidente do Conselho Editorial PARA ASSINAR, LIGUE: (11) 5085-4508 OU MANDE UM FAX PARA: (11) 5085-4646 - www.espm.br/revistadaespm EXPEDIENTE Conselho Editorial Francisco Gracioso – Presidente Alexandre Gracioso Thomaz Souto Corrêa J. RobertoWhitaker Penteado (MTB n o 178/01/93) Coordenação Editorial Lúcia Maria de Souza Editora Assistente Anna Gabriela Araujo Edição de Arte Mentes Design Revisão Anselmo Teixeira de Vasconcelos Antonio CarlosMoreira Mauro de Barros Redação Rua Dr. Álvaro Alvim, 123 São Paulo – SP – CEP 04018-010 Tel.: (11) 5085-4508 Fax: (11) 5085-4646 e-mail: revista@espm.br Comercial MidiaOffice Julio Cesar Ferreira (11) 9 9222-4497 juliocferreira@uol.com.br Impressão Referência Gráfica orcamento@referenciagrafica. com.br Distribuidor Exclusivo Dinap Ltda. – Distribuidora Nacional de Publicações Operação emBancas Assessoria Edicase www.edicase.com.br Revista da ESPM Publicação bimestral da Escola Su- perior de Propaganda e Marketing. Os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva respon- sabilidade dos respectivos autores. Professores, pesquisadores, consul­ tores e executivos são convidados a apresentar matérias sobre suas es- pecialidades, que venhama contribuir paraoaperfeiçoamentodateoriaeda prática nos campos da administração em geral, do marketing e das comuni- cações. Informações sobre as formas e condições, favor entrar em contato com a coordenadora editorial. editorial

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