RESPM-SET_OUT-2015-baixa

Revista da ESPM | setembro/outubrode 2015 70 Globalização países do SudesteAsiático, iniciando umforte relaciona- mento entre fornecedores do Japão e suas subsidiárias. Em1995, os Estados Unidos entraramemcena e pas- saram a ser um segundo ator das cadeias de produção e comércio global que estavamsendo consolidadas. Malá- sia eCingapura assumiramo papel de elo entre o Sudeste Asiático e o mercado americano. No fim dos anos de 1990, a China emerge como um novo ator de destaque na região, ligando sua produção com a Coreia do Sul e Taiwan, acessando assimas cadeias produtivas em fun- cionamento com o Japão. A partir de 2005, essas novas configurações da produção regional dão início a umpro- cesso mais dinâmico, commais atores participando da CGV. O foco da produção se desloca para a China, o que faz desse país um grande centro manufatureiro global. A China é hoje a grande transformadora dos insu- mos e componentes do Leste Asiático, registrando uma importação significativa de matérias-primas e alimen- tos, aomesmo tempo que exporta bensmanufaturados. A produção industrial da China também se caracteriza pela alta fragmentação e sofisticação, agregando valor para cada país que está envolvido nas CGVs. A competi- tividade chinesa é conhecida não apenas por seu baixo custo demão de obra, mas tambémpor receber produtos intermediários sofisticados de outros países do Sudeste Asiático e colocar a estampa Made in China emseus pro- dutos. Por isso, o país é chamado de fábrica domundo ou the workshop of the world . Com a ascensão do mercado chinês, Japão e Estados Unidos passaram a ser atores menos expressivos, mas ainda seguem fornecendo bens de capitais e intermediários à China e aos demais países do Leste Asiático. Essa evolução da cadeia de produção no Leste Asiá- tico caracteriza importantes aspectos das CGVs. Ape- sar de ser considerada como uma cadeia “global” de valor, grande parte da atuação e da integração desta cadeia é ainda regional. Ou seja, seria mais uma cadeia “regional” de valor. Isso mostra que em uma CGV é imprescindível ter uma boa integração com os países damesma região, emparticular na execução de tratados shutterstock A competitividade chinesa é conhecidanão apenas por seubaixo custo demão de obra, mas tambémpor receber produtos intermediários sofisticados de outros países do SudesteAsiático e colocar a estampaMade inChina emseus produtos

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