RESPM-JAN_FEV 2016

REVISTA DA ESPM | JANEIRO/FEVEREIRODE 2016 56 TECNOLOGIA ou televisivo (muitos deles simplesmente não assistem à TV aberta). • Estão acostumados a serviços digitais e sob demanda. • Usammenos e-mails e mais mensagens de texto (cada vez mais por Apps e menos via SMS). • Passam 9,7 horas por mês, emmédia, em redes sociais (quase o dobro da média mundial). • “Seguem” influenciadores em videoblogs com mais acessos do que alguns programas de TV bem conhecidos. • Idolatram figuras da cena musical que jamais gravaram um “disco”. Se você não está na internet de forma estratégica, com planejamento, com foco no seu consumidor, é bempos- sível que, apesar de todos esses anos de história, para eles, sua empresa simplesmente não existe! Então, se esses consumidores têm esse comporta- mentodigital, comoépossível atingi-los commensagens sobremeus produtos ou serviços e, mais ainda, como é possível fazer comque esses jovens consumidores inte- rajam com a minha marca? Neste ponto começamos a discutir quais tecnologias podemos ou devemos adotar. Masantesde tentar responder aessasperguntas, ainda no intuito de reforçar a ideia de que, provavelmente, a sua empresanãoestejapreparadapara essas tecnologias, sugiro que seja proposto o seguinte teste aos executivos e ao conselho administrativo da sua empresa: verifique quantos deles conseguem identificar, claramente, o que são e para que servem (dando exemplos) as seguintes tecnologias/processos/modelos de negócios: • Cloud Computing; • Peer to Peer collaboration; • Georreferenciamento indoor; • IoT; • Wearable Devices; • Realidade Aumentada; • Big Data Analytics. Se o feedback for negativo, talvez seja o momento de oferecer uma reciclagem ou repensar esses quadros ou ainda, eventualmente, inserir profissionais mais jovens entre eles. Por quê? Porque esse consumidor de que falamos sabe exatamente o que são e como utilizar cada uma dessas tecnologias. Somadas, elasmovimen- tam valores da ordem de algumas dezenas de trilhões de dólares ao ano e apresentam crescimento (tanto em volume quanto em valor), que fariam inveja a qualquer tigre asiático nos áureos tempos. Mas voltemos ao tema de como atingir o consumidor digital. Com um comportamento tão conectado, esse consumidor deixa um rastro digital enorme, de grande valor para quemsouber utilizar essas informações. Cada site navegado, cada transação efetuada, cada caminho percorrido e cadamensagem trocada são uma pequena peça no grande quebra-cabeça do perfil do consumidor digital. Somem-se a isso os dados de todos os sensores que “vestimos”, como pulseiras e relógios inteligentes Umapesquisa realizadaanualmentepeloNIC.brmostraque 30%dasempresasdoBrasil não têmsequer umwebsite Se você não estána internet de forma estratégica e planejada, é bempossível que, para o consumidor digital, sua empresa simplesmente não exista!

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