RESPM JUL_AGO 2016

13 julho/agostode 2016| RevistadaESPM Aconsultoria éumaoxigenação! Por Arnaldo Comin Foto: GaboMorales H á 30 anos, Gustavo Loyola é reconhecido como um dos mais influentes economistas do Brasil. Doutor em economia pela Fundação Getulio Var- gas, fez carreira no Banco Central (BC), onde ocupou a presidência da instituição nos anos de 1992 e 1993 e entre 1995 e 1997. À frente do BC, assistiu de perto aos períodos imediatamente pré e pós-Plano Real, às mazelas da hiperinflação e aos desafios de uma economia em busca da estabilização. O currículo que mescla experiência acadêmica, vida pública e atuação no mercado financeiro credencia Loyola como um observador privilegiado da montanha-russa em que vive a economia brasileira desde a década perdida de 1980 até a derrocada do governo Dilma Rousseff, que arrastou consigo a “nova matriz macroeconômica” profetizada na era PT. Sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada, o trabalho atual do ex-presidente do BC consiste emajudar as empresas a digerirmelhor seus problemas e a encontrar solu- ções diantedeumcenário repletode incertezas. Estaque é amaior consultoria econômica do país oferece uma imensa variedade de estudos para empresas e organizações setoriais, em áreas que vão desde a composição de custos e projeções de mercados até questões regulatórias de concorrência, arquitetura de projetos de concessões, fusões e aquisições. Nesta entrevista, Loyola fala do ofício de consultor econômico e seu papel estratégico para os clientes, sobretudo emmomentos de grande angústia para empresários e dirigen- tes como agora. “Oaspecto positivo da consultoria é oxigenar as empresas, comexemplos de fora e uma visão independente. Mas as empresas devem ter uma avaliação crítica, no bomsentido, do trabalho do consultor e não aceitar tudo passivamente”, pondera ele. Diante do provável cenário de mais um ano de recessão e a perspectiva da retomada “muito fraca” da economia a partir de 2017, Loyola acredita que sua melhor contribuição para o negócio dos clientes é construir análises comuma visão ampla e multidisciplinar, que possamdar horizonte a problemas difíceis como queda de receita e pressão de custos. “Tudo o que o cliente não quer é se sentir cego nomeio da neblina.”

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