RESPM JUL_AGO 2016
Panorama Revista da ESPM | julho/agostode 2016 26 Se esse fenômeno fosse linear, emcada torcida da toalha, sairia amesmaquantidadede água. Tenhocertezadeque agoraficoumais simples para entender o conceito! Produtividade 4.0 Em todos os setores econômicos as lideranças procuram monitorarecompreenderasformaseacompanharasvelo- cidades das evoluções tecnológicas a fimde antecipar os drivers, que sãouma fonte constante de surpresas. Nokia e BlackBerry não conseguiram responder em tempo às demandas do mercado e aos desejos dos consumidores. A introdução de novas tecnologias cria novas formas de servir às necessidades existentes e perturba significati- vamente as cadeias de valores das indústrias existentes. Como o rato ensina o gato e vice-versa, da mesma forma que as tecnologias evoluem, as demandas domer- cado tambémmudamexponencialmente. A transparên- cia na forma de conduzir o negócio, a maturidade nos modelos de governança e a gestão da sustentabilidade com responsabilidade social são as demandas atuais. Além disso, por meio do compartilhamento das infor- mações e das novas necessidades nas redes sociais, os atuais padrões de consumo semodificamrapidamente. Paraentendermosoqueestamossentindo,ébomobser- var que as evoluções eram lineares, ou pelomenos dava para analisar como tal, e asmodificações eramcada vez mais expressivas emuma área do conhecimento. Agora, a evolução é exponencial em várias áreas do conheci- mento e ao mesmo tempo. Se as demandas dos consumidores evoluemexponen- cialmente, os profissionais devemagir namesma veloci- dade para continuaremcompetitivos. Cada vezmais, os profissionais que interagem com os clientes ou parcei- ros de negócios devemsermais ágeis, assertivos e pron- tos para decidir. Para atenderem a esses requisitos, eles devemser experientes, assumiremresponsabilidades e serem independentes nos seus julgamentos e decisões. É importante ressaltar que as ferramentas convencio- nais não funcionamna gestão da produtividade desses profissionais. A pesquisa The best and the rest: revisiting the normof normality of individual performance apontaque na maioria das empresas os “top 5%” dos profissionais superam os profissionais médios em 400%. As empre- sas com elevado índice de mão de obra e pouco uso de tecnologia são exceção a essa regra. Mascomoosprofissionaisserãoremuneradosmediante osseusdesempenhos?Asmudançasnosprocessosderemu- neração são recentes, variadas e experimentais, emalgu- masinstâncias.Aindanãoháumpadrãodefinido,masalgu- mas ideias estãosurgindo. AMicrosofteaGEdesativaram seusconhecidosetradicionaissistemasdeavaliaçãoanual edesenvolveramnovosmodelosdefeedbackecoaching. A Netflix constatou que os objetivos dos seus profissionais sãomuito fluidos e podemmudar rapidamente, portanto lánão se aplicamas avaliações deprodutividade anual. O Google transformouamaneirade remunerar aprodutivi- dade de seus profissionais, compensando-os pormeio de uma estrutura de diferentes níveis. Nas atividades repetitivas e com rotinas previsíveis, a gestão por processos é simples e gera poucos confli- tos no seu acompanhamento via indicadores. Como se conhecemos passos de execução, o objetivo dos gesto- res, que sempre procuramotimizar os processos e fazer mais commenos, é a busca por melhores práticas. Os novos ventos sopram rumo à flexibilidade na ges- tão do negócio. Os tradicionais conceitos da lógica pres- critiva do planejamento e do controle Plan, Do, Check e Act (PDCA) sempre foram aplicados nas rotinas dos negócios. Na Indústria 4.0, o foco é a personalização dos produtos, nos quais as rotinas serão praticadas em funções administrativas específicas. Os tradicionais conceitos de produtividade dos custos para a gestão são viáveis de ser praticados na execução das rotinas orien- tadas por processos. As mudanças requeridas na avaliação da produti- vidade dos profissionais também são observadas nas novas ferramentas de gestão, que deverão estar ajusta- das à realidade da era da personalização. A gestão da nova Revolução Industrial Os tradicionais conceitos de otimização dos custos são práticas da gestão das rotinas. É lógico que a redu- ção dos custos também faz parte da gestão nas Orga- nizações 4.0, mas o foco também deve estar na flexi- bilidade, na agilidade e na assertividade. As minhas As organizações 4.0, como as startups, evoluemcomuma estrutura informal e nosmomentosde crescimentooptampela estruturaçãomais formal de suas rotinas
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