RESPM JUL_AGO 2016
81 julho/agostode 2016| RevistadaESPM Aboladavezéo empreendedorismo Por Arnaldo Comin Foto: Divulgação Q uanto vale um consultor? O que eu preciso e o que ele pode fazer pelo meu negócio? Essas são as perguntas mais frequentes que gestores fa- zem ao pedir auxílio externo para solucionar problemas estratégicos e operacionais em suas empresas. Para embaralhar o cenário, consultor é termo amplo que abrange profissionais das mais variadas formações e experiências de mercado. Não há tabelas de preços, tampouco ummodelo claro de remuneração. Apesar de tanta dispersão, é cada vez maior o número de profissionais que abra- çam a carreira de consultor, assim como as empresas que contratam esse tipo de ser- viço. Nesse território vasto, é difícil medir o tamanho do mercado de consultoria no Brasil e saber quantos profissionais estão na ativa, até porque ainda não existe uma regulamentação profissional específica. Estima-se, grosso modo , que 80% da receita em consultoria esteja concentrada nas grandes firmas do ramo, enquanto na base da pirâmide 80% dos profissionais do setor se digladiam pelos 20% restantes. Fundada em 2004, a Associação Brasileira de Consultores Empresariais (Abra- cem) vem trabalhando para dar voz à figura do profissional independente. Com quatro mil associados, um dos objetivos da organização é formular proposta de regulamentação para a atividade, para facilitar o entendimento do que faz, de fato, o consultor. “Não temos um viés sindical, não é esse o nosso perfil”, deixa claro o presidente da entidade, Carlos Medeiros. Em paralelo, a Abracem trabalha na qualificação, com cursos e seminários, para combater um problema frequente no mercado: a falta de barreiras de entrada na profissão. Qualquer um que perdeu o emprego e busca trabalho como autônomo pode se “vender” como consultor sem ter competência técnica para isso. Enquanto as grandes consultorias já se consolidaram nos maiores clientes, Medei- ros vê boas perspectivas para os profissionais independentes, por conta da demanda em alta puxada pelo movimento empreendedor em curso no Brasil. “Nesse mercado, a cauda longa [de Chris Anderson] está nas pequenas e médias empresas.”
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