RESPM JUL_AGO 2016
Agronegócio Revista da ESPM | julho/agostode 2016 88 Cadaumdesses cases temo seuparticular, a sua angu- lação única, pois significam um espectro de valores, de visão,missão e inserçãono cicloda empresa edo agrone- gócio brasileiro. Somos uma academia, na qual permea- mos a administração e a estratégia por meio da filosofia administrativa que temomarketing no seu DNA. Como no agronegócio — onde o gene é a partícula acessável e acessível para odesignde plantas e animais —, nós carre- gamos no gene a proposição essencial domarketing, que é o nosso diferencial crítico de sucesso. E aí está o poder único da nossa oferta. Com isso, trazemos e adaptamos o agronegócio aos fundamentos demarketing e a arte do marketingaosdiferentes segmentos ecadeiasprodutivas do setor, chegando agora à ideia de agrossociedade. Num país que deixou de ser rural há muito tempo, esse con- ceito representa a integração completa entre o campo e a cidade. Nesse cenário, oagronegóciovirou informática, agricultura de precisão, sensores, base de dados, susten- tabilidadee rastreabilidade. Esses impactosoriginadosna sociedadeurbanaprovocamfortes abalos emovimentos, como ondas, atingindo emvelocidade toda a cadeia pro- dutiva e seus desdobramentos, como engenharia gené- tica, drones, robôs e gene design . Temos nas nossas expe- riências comaESPMatuações significativas já realizadas comaSyngenta,MonsantoeMSD.Nesteexatomomento, estamos ao lado da Phibro. Temos ainda umMBA double degree desenvolvido em parceria com a Audencia Busi- ness School de Nantes, na França, que nos proporciona elos significativos de interação, comempreendimentos inovadores como a Olmix, empresa francesa na área de nutrição por meio de algas marinhas para a academia e desta para a prática. Em nossos programas, tratamos com ênfase o diagnóstico e as proposições a partir dos dez pontos cruciais domarketingdentrodo agronegócio. A atividade se inicia com um alinhamento de valo- res: marketing significa compreensão, estudo e ações a partir das percepções das mentes humanas, para necessidades, desejos, aspirações, sonhos, vontades, prazeres, dores, sentidos de vida; e como conectamos esses cordões umbilicais comas realidades e a entrega dessas realidades, em todo um composto organizacio- nal, comou semfins lucrativos. Quando perguntei para a Dona Jô, fundadora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), qual era a sua profissão, ela respondeu: “marqueteira”. Isso significa que não basta criar umconceito, ter uma ideia benevolente da dimen- são do projeto da Apae. É preciso transformar isso em percepções desejadas e apoiadas perante toda a socie- dade, alémde realizar entregas concretas. No agronegócio, não há possibilidade de êxito sem entregas concretas, ou seja, a semente precisa entregar, o adubo funcionar, o pulverizador aplicar defensivos e, cada vezmais, coma precisão da telemetria. A nutrição das plantas precisa ser usada competen- temente segundo a Lei do Mínimo — como concluiu o químico alemão Justus von Liebig em seus experi- mentos, que possibilitaram a criação de fertilizantes químicos e alimentos desidratados. “A produtividade das culturas é limitada pelo nutriente que estiver em menor disponibilidade no solo, mesmo que os demais estejam em níveis adequados.” Agenética animal tambémdeve apresentar umdesign quecarregueaatividadeao futuro. Anutriçãodosanimais precisa estar cada vez mais preparada para o enfrenta- mento dos custos, enquanto assegura resistência e sau- dabilidade. Quer dizer, omarketing no agronegócio não resiste à ausência da entrega. Logo, omarketing já nasce nas concepções do geneticista, do pesquisador químico, do engenheiromecânico, do nutricionista e do designer da tecnologiade informaçãoquepassaacompor osnovos sensoresdomonitoramentoeda inexorável smart farming . Quando olhamos o marketing no agronegócio, em seu cenário ampliado — antes, dentro e pós-porteira das fazendas —, junto como quarto elo, o “alémdas por- teiras”, engajamos nesse universo as percepções num contextomais amplo, incluindo análise e certificações sensoriais, ONGs, padrões de responsabilidade social ao longo do processo produtivo, valorização da origem, Fair Trade , local farming , agricultura vertical e uma von- tade instalada nos sonhos da sociedade consumidora de pretender ter saúde, nutrição e prazer oriundo de all natural e luxo for all . Por isso, umdosdesafiosdomarketingnoagronegócio éodeexplicar evender aciênciaea tecnologianãoapenas paraos produtores rurais ou técnicos das agroindústrias, mas tambémpara os consumidoresfinais dos alimentos Umdos desafios domarketingno agronegócio é vender a ciência e a tecnologiapara os consumidores finais dos alimentos e os players do varejo
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