RESPM JUL_AGO 2016
julho/agostode 2016| RevistadaESPM 93 • 9. Uma vida será a história que essa vida conta. Uma empresa será composta, cada vez mais, pela arte de contar suas histórias e de criar enredos que levempessoas comdignidade ao futuro. Representa construir papéis que valem a pena ser interpretados e vividos. Uma empresa terá o valor que suas histórias souberem contar e serem contadas. Por exemplo: a Monsanto adquiriu a marca Agroceres, nos idos de 1997. Numa pesquisa realizada em2016, amarca considerada top ofmind do agronegó- cio ainda é a mesma marca: Agroceres. Isso representa a arte de contar as histórias que emocionam e que tenham vínculos reais com a vida, um permanente talento nas competências de marketing das organizações. • 10. Transformar o incontrolável emalgo controlável. Quando organizamos um planejamento estratégico com ênfase emmarketing, aprendemos a separar e a gerenciar variáveis controláveis das incontroláveis. Quanto mais tornarmos administrável e influenciável aquilo que não dominamos, que não está em nossas mãos, maior será a possibilidade do êxito das estimativas de vendas, dos resultados e do lucro com gestão sustentável dos riscos. O clima sempre foi uma variável incontrolável. O surgi- mento de competências dominadas por empresas como a Climatempo, por exemplo, nos permitiu adotar conhe- cimentos e melhorar a qualidade dos planos de marke- ting, isolando um clássico fator incontrolável emum fator muito mais previsível. Omesmo ocorre com a rastreabili- dade, os sensores e a análise de dados, indo até a forma com a qual neurônios humanos processam e separam sensibilidades de prazer versus dor. O agronegócio está pleno e farto de fatores incontroláveis. Preparar os exe- cutivos de empresas como MSD, Monsanto, Syngenta e Phibro para compreender, isolar, prever e antecipar os fatores incontroláveis, buscando suas transformações em seguros controláveis, representa uma parte vital da consultoria, do preparo pedagógico dos conteúdos e dos exercícios práticos e estudos de caso, desenvolvidos nas aulas interativas e experienciais. Éumasimbioseascensionalqueocorreentreoprograma de diagnóstico, a investigação, odesigndametodologia e do conteúdo, a experiência emsala de aula, as visitas, os cases, o estudo a distância, a vinculação do aprendizado emaula coma prática do campo, que coloca para funcio- nar todo o plano do programa, com avaliação, notas e feedback. Todo esse processo de consultoria representa a integraçãodaacademiacomos executivos. Namoderna pedagogia, buscamos o fazermos juntos , sentirmos juntos e pensarmos juntos . Aos membros da academia cabem a missãopedagógica, educadora, ea formaçãodoconsultor. Esse processo significa conceber o como se faz, nascido no diagnóstico, mas implementado com a arte e o saber de uma liderança educadora. Portanto,marketingnãodeve ser vistocomoumdepar- tamento, uma área da empresa. Marketing faz parte de umraciocínioestratégicoque vincula cadapartedoorga- nismoempresarial às percepções das pessoas, domundo externo e do ambiente interno de uma empresa. Cabe à consultoria, juntamente com a academia, desenvolver executivos e novos alunos para a arte do saber fazer, e isso exigirá competências que geram novas competên- cias: a verdadeira inspiração! O design estratégico da consultoria com a academia envolve e amplia o conceito de agronegócio, expandin- do-o para o conceito de agrossociedade. José Luiz Tejon Megido Comentarista da Rede Jovem Pan de rádio, articulista da revista Feed&Food, diretor da Biomarketing, diretor do núcleo de estudos de agronegócio da ESPM, professor convidado do MBA da Audencia Business School, da França, e membro do Conselho Científico para a Agricultura Sustentável (CCAS) produção agrícola e pecuária dimensão social política, ambiental e econômica produção e distribuição de insumos e equipamentos distribuição pós-porteira: novos caminhos até a mesa hábitos alimentares prazer versus saúde e bem-Estar
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