RESPM_MAR_ABR 2016
março/abril de 2016| RevistadaESPM 27 Namobilidade urbana, a prioridade deve ser o transporte coletivo de passageiros, comgestão integrada dosmodais, em que coexistamtrensmetropolitanos, metrôs, ônibus, vans e automóveis, suportados ainda por semáforos inteligentes Oplanejamentocentralizadodaoperaçãode infraestru- turas articula o funcionamento integrado de áreas vitais que, por natureza, só funcionamde forma eficiente como vasos interligados e, portanto, comunicantes. Aeficiência reside, dopontodevistapúblico, emconec- tar prédios (hospitais, postos de saúde, escolas, centros de emissãode documentos etc.) ao fornecimentode ener- gia elétrica e gás, captação, tratamento e distribuição de água, abastecimentodegênerosalimentícios,mobilidade, iluminação pública, coleta e tratamento de lixo e esgoto, escoamento de águas pluviais,monitoramento das áreas de risco, alémde rigorosa fiscalização dos serviços urba- nos, concedidos ou não. No Brasil, a concentração urbana se deu de maneira explosiva apartir dadécadade1950. Empoucomaisde30 anos, definimos nosso perfil urbano/rural. O Japão o fez emcemanos. Na Europa, o fenômeno consumiu séculos. Quarto lugar entre os países mais populosos do mundo, o Brasil é hoje o de maior concentração urbana: 87% dos brasileiros vivememcidades, e poderemos chegar a 94% em2050, à frentedepaísescomoEstadosUnidoseMéxico. “Inchamos” asnossascidades rápidodemaisea implan- tação de necessárias infraestruturas e serviços urbanos, premissas do bem-estar de nossos cidadãos, não acompa- nharamesse processo namesma velocidade, criando um deficitimportantequeprecisaserenfrentado.Assim,antesde almejarmosaeficiência,precisamossuperaressacarência. Ante o início do processo de privatizações, nos anos de 1990, transferimos a habilidade de pensar e planejar dos ministérios às agências reguladoras. Embora acer- tada, essa decisão foi atropelada pelos eventos políticos que se sucederam e pela crescente demanda por mais infraestruturas. Resulta que hoje estamos vivendo um hiato de poder pensantee formuladordeplanejamentosde longoprazo.O Estadobrasileiroprecisa reassumir suacondiçãoprecípua shutterstock
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