RESPM_MAR_ABR 2016
março/abril de 2016| RevistadaESPM 35 veio de investidor, há quase 11 anos! Na verdade, não foi ideia da Bolsa. A Bolsa foi provocada pelo Banco Real, naquela época do Fábio Barbosa [presidente da instituição, de 1998 até a sua aqui- sição pelo Santander, efetivada em 2008]. Eles vieram à Bolsa. Que- riam uma referência para investir e propuseram a criação de um ín- dice de sustentabilidade. A Bolsa, de cara, topou. Revista da ESPM — Quanto vocês se inspiraram no índice Dow Jones de Sustentabilidade? Sonia — Zero. Sem desmerecê-lo em nada, são metodologias muito diferentes. O ISE tem uma metodo- logia mais participativa, do ponto de v ista da sociedade. Tem um conselho deliberativo composto de 11 instituições de mercado. A posição final não é dada pela BM&- FBovespa e pelo seu prestador de serviço, como em geral acontece nos outros índices. É um processo colaborativo. Revista da ESPM — Como uma em- presa entra no índice? Sonia — Ela aceita participar, paga uma taxa e responde a um questio- nário. São 180 perguntas em sete di- mensões. Essa é a parte quantitativa. Ela já sabe de antemão que vão ser pedidos documentos comprobató- rios na segunda fase. E já sabe qual documento será pedido para cada resposta. Não tem surpresa. Se aqui- lo que respondeu for verdade, ela terá o documento. Esse cruzamento do qualitativo com o quantitativo é feito pelo Centro de Estudos em Sustenta- bilidade da Fundação Getulio Vargas (GVces), que é o nosso parceiro técni- co. Na última etapa, o Conselho Deli- berativo do ISE se reúne, sempre em novembro, e dá a palavra final sobre a seleção das empresas que entram numa carteira composta por até 40 companhias. Rev ista da ESPM — Quais são as empresas que têm mais peso na carteira? Sonia — Tradicionalmente, bancos e setor elétrico. Revista da ESPM — Quais foram as bolsas pioneiras na criação desse índice? Sonia — O Dow Jones Sustainabi- lity, da Bolsa de Nova York, foi o shutterstock Muitas empresasperdemdinheiropornãoperceberem oriscoquehápor trásdasquestõesambientais edasquestõesdereputação. Sustentabilidadeainda éumaagendamaisderiscodoquederetorno
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