RESPM_MAR_ABR 2016

março/abril de 2016| RevistadaESPM 47 e s p e c i a l I d e i a s s u s t e n t áv e i s e l u c r a t i va s fundamentalnapromoçãodasmudançasnecessáriaspara reverter esse cenário”, ensina Antonio Calcagnotto, head de assuntos corporativos e sustentabilidade da Unilever Brasil. “Nós, da Unilever, acreditamos que existe um forte argumentoeconômicoemproldasustentabilidade:impul- sionaocrescimento,mitigariscos,cortacustoseconstróia confiança.Nãoéumaquestãodeganhardinheirohoje,mas degarantir asustentabilidadedonegóciono longoprazo.” É só uma questão de tempo... ParaoarquitetoeconsultorFernandes,aeconomiacircular apontouocaminho,masaindaestamosdistantesdomodelo ideal.“Hoje,estamosfazendoumaespéciedegestãodeculpa. Apessoa para de comer carne ou vai trabalhar de bicicleta paradiminuir suapegadade carbono.Masminimizar não significafazeracoisaboa,esimcontinuarfazendoalgoruim, só que emmenor quantidade!” Ele explica que a diferença está justamente nesse ponto: “A economia circular prevê, necessariamente,umarupturadomodelodenegócioatual paraumanovaestrutura,quetemainovaçãocomoalicerce paragerarotãosonhadoimpactopositivo”.Comoexemplo, ele cita a fralda descartável, umprodutoque hámais de 50 anos é produzidodamesma forma pormuitasmultinacio- nais.“AamericanagDiapersmudouodesigndafralda:aparte deforaéimpermeáveleorefilinternoébiodegradável,feito comumafibraquedissolvenaágua.” OutraadeptadaeconomiacircularéaEmbraco,queopera amais eficiente fábrica de reciclagemde compressores do mundo, com capacidade para processar dois milhões de unidades por ano. Há dois anos, a companhia criou o Nat. Genius,umnegócioquetemporfocoodesenvolvimentode novosprodutosapartirdeeletrodomésticosdalinhabranca e refrigeração comercial, descartados ao fimda vida útil. “Quandoaempresafazobalançoambiental,socialeeconô- micoqueessetipodeinvestimentodisruptivoproporciona, elainveste,mesmosabendoqueoretornoirádemorarmais deumadécada”, asseguraFernandes. Ecomoparacadaaçãoháumareação,grandesempresas já notaramque esse movimento de reparo, reúso e rema- nufatura tendea impactar a formadeconsumir produtos e serviços emumfuturopróximo. Pensandonisso, a Philips criouomodelo“Lightingasaservice”,noqualoclientetem a oportunidade de alugar os dispositivos de iluminaçãoda marca, que fica responsável pelamanutenção dos equipa- mentos. Esta foi abasedocontratofirmadoemabril como aeroportodeAmsterdã,queterátodaasuailuminaçãotro- cadapor lâmpadasdeLED, emuma iniciativaque irágerar 50%deeconomianoconsumodeenergia.“Éumnovomodelo denegóciosnoqual todos ganham”, salientaMarcioQuin- tino,gerentesêniordesustentabilidadedaPhilipsLighting. Entre as que já estãoplantandoumfuturomelhor está a CBPak, de Claudio Bastos, que produz embalagens biode- gradáveisàbasedemandioca.Atrajetóriadoempreendedor brasileiroéumadashistóriasretratadasnestareportagem, quemostracomoacriatividadehumanairásalvaroplaneta! DadosdoServiçoBrasileirodeApoioàsMicroePequenas Empresas(Sebrae)apontamque,noBrasil,avisãodequeos investimentosnaárearepresentamcustosadicionaispara as empresas deu lugar à percepção de que investir emsus- tentabilidade é umdos caminhos para a competitividade. “Nossa última pesquisa sobre o assunto mostra que 60% dos empresários veema sustentabilidade como oportuni- dadedeganhos e62,7%atribuemalgumcritériode susten- tabilidadeambientalnaavaliaçãodosfornecedores”,revela HeloisaMenezes, diretora técnicadoSebrae. Segundoela,asempresasbrasileirastêmpriorizadoproje- tosvoltadosàreduçãodedesperdícios,principalmentecom ganhosdeeficiêncianoprocessoprodutivoeusodeenergia. “Também cresceu a procura por negócios na área de resí- duos,notadamenteapósaimplantaçãodaPolíticaNacional deResíduosSólidos,emaisrecentementedeenergiasolar.” A seguir, você confere quemsão e o que fazemalgumas dasempresasquejáestãoganhandodinheiroaoapostarna construçãodeumfuturomelhorpara todoomundo! shutterstock

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