RESPM_MAR_ABR 2016

março/abril de 2016| RevistadaESPM 73 dos de alumínio. Até 2013, tínha- mos uma capacidade da ordem de 400 mil toneladas. Hoje, ela é de 600 mil, um aumento de 50%. Tínhamos uma capacidade de reci- clagem de 200 mil toneladas, que passou para 390 mil. Praticamente dobrou. Com isso, nós reduzimos a necessidade de utilização de alu- mínio primário. Levando em conta a diminuição das emissões de CO 2 , obtivemos um benefício grande em termos de redução da pegada de carbono. Revista da ESPM — Parou por aí? Nardocci — Depende do mercado. Para você ter uma ordem de gran- deza, o mercado brasileiro de pro- dutos laminados de alumínio é de 600 mil toneladas, e nós já temos 600 mil toneladas de capacidade. Obviamente, temos competido- res , mas t ambém ex por t amos bastante. Rev ista da ESPM — O investi- mento em aumento de capacidade quando a economia brasileira está encolhendo é sustentado por expor- tações? Ou a demanda por alumínio não caiu tanto? Nardocc i — Esse investimento que fizemos agora foi aprovado em 2010. Na época, o Cristo Redentor estava decolando [na capa da re- vista The Economist ], enquanto eu morava na Suíça, era responsável pelas operações da Novelis na Eu- ropa e tive de fazer muitos cortes depois da crise do banco Lehman Brothers. O cenário virou, mas não me arrependo de nada. Esse investimento tem dado suporte ao crescimento do nosso principal mercado, de chapas para latas, in- dependentemente da crise. O ano passado não foi como esperado, mas houve um pequeno crescimen- to. Então, o investimento fez senti- do — e faz sentido. Enxergamos este momento do Brasil de hoje mais como um hiato de crescimento. E grande! Nosso cálculo é de que o mercado de alumínio no Brasil, de forma geral, tenha retrocedido sete anos em 2015. Felizmente, o nosso mercado, de chapas para latas, não caiu, o que é importante. Revista da ESPM — Como está o mercado internacional? Nardocci — O consumo de alumí- nio, mundialmente, tem crescido a uma taxa anual de 3% a 4%. Em veículos, a taxa de crescimento é da ordem de 30% ao ano. Revista da ESPM — A indústria, em geral, argumenta que o alumínio é uma matéria-prima cara. Na rdoc c i — O preço é sempre relativo. É uma questão de custo- benefício. O preço hoje é bastante previsível. Tem bolsa. No passado ele oscilava muito. Hoje está muito mais estável. O fato de estar em bolsa permite que o comprador de alumínio se proteja, fazendo hedge . Ele consegue dar previsibi- lidade ao seu custo. Isso é o mais importante. A grande preocupação no passado era a volatilidade. O NaSuíça, oconsumidor temaobrigaçãode levar o lixo reciclável acentrosdecoleta edeagregação. Senãoo fizer, sofreráumasanção shutterstock

RkJQdWJsaXNoZXIy NDQ1MTcx