RESPM_MAR_ABR 2016

março/abril de 2016| RevistadaESPM 75 Ocarrohojeé feitoparadesmanchar quandose temumacidente.Nãoacontece nadanohabitáculo. Oalumínioabsorvemaisaenergiado impacto resposta é: renda. Nós começamos a consumir mais alumínio nesse período de aumento de renda. Foi o nosso pico de consumo de alumínio. Quando olhamos para os prédios ao nosso redor, dá para ver que o que se usa muito no Brasil é concreto, gra- nito e vidro. Quando você olha para os Estados Unidos e a Europa, eles utilizam esses materiais, mas usam também muito alumínio em facha- da. Utiliza-se muito pouco alumínio na construção civil por aqui. Revista da ESPM — Por quê? Nardocci — Primeiro, porque não tinha produção. Nunca teve esse tipo de produto aqui. O arquiteto, então, foi buscando as soluções que existiam localmente. Esse é um desafio da Novelis: criar mercado. É nossa obrigação desenvolver ou- tros mercados. Rev ista da ESPM — Quais são os outros mercados que existem no mundo? Nardocci — Automóvel, constru- ção civil. Os chassis das televisões de LED são de alumínio. Revista da ESPM — No desafio de criar demanda, de estimular esses setores a usar alumínio, a questão dos ganhos ambientais é parte da vantagem competitiva que você tem para oferecer? Nardocci — Sem dúvida. É parte da vantagem competitiva que eu como empresa tenho, por ser um reciclador, e que o metal pode ofe- recer, por ter essa capacidade de ser reciclado. É o que procuramos promover. Os ouvidos para isso dependem muito de como está a economia. Revista da ESPM — O alumínio, por tudo isso que a gente discutiu aqui, é um caso de sucesso de reciclagem. Isso pode servir de exemplo para outros metais? Nardocci — Sim, esse caso pode — e deve — servir de referência para outros metais. Nós temos uma pe- culiaridade, que é esse produto de alto giro, cuja cadeia conseguimos fechar [a lata de alumínio]. Ele tem também, intrinsecamente, um alto valor. Não só se sustenta como tam- bém pode ajudar a fechar outras cadeias. Por exemplo, a cadeia do cobre, que tem muito mais valor agregado que o do alumínio. Eles também fecham o ciclo, buscando produtos e as sobras de processos dos clientes para reciclar. Revista da ESPM — A Novelis têm algum caso de solução ambientalmen- te positiva em parceria com os seus clientes? Nardocci — A indústria automobilís- tica tem trabalhado conosco na Eu- ropa e nos Estados Unidos. Aqui, no Brasil, o que nós procuramos fazer é sempre pegar de volta dos nossos clientes todas as sobras de processo. Podemos desenvolver peças mais leves, ciclos fechados ou até com- partilhar com clientes as coisas que fazemos aqui dentro. Nós temos algumas metas que vão além da reci- clagem na área de sustentabilidade, como a redução do uso de água, de energia, de descarte de resíduos. Os grandes clientes têm mentalidades parecidas, mas há milhares de clien- tes pequenos que ainda não têm essa mesma mentalidade. shutterstock

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