RESPM_MAR_ABR 2016

Revista da ESPM |março/abril de 2016 84 Marketing americanos indicaram que estariam inclinados a mudar demarcas baseados noMarketing Relacionado a Causas. E48%mudaramefetivamentede atitudediantedas ações desenvolvidaspor empresas, reportandoque jámudaram de marca, aumentaram o consumo ou experimentaram novosprodutos. Outronúmero interessanteéque68%dos consumidores solicitamquemais empresas se envolvam com causas sociais. Ou seja, estão cada vez mais atentos e sensíveis às ações com impacto real na sociedade. Da mesma forma, 87%doscolaboradoresconcordamqueuma empresa que auxilia a sociedade e a comunidade é, prova- velmente, uma boa empresa para trabalhar. OMRCestáganhando força, principalmenteempaíses comooBrasil,quepossuitantascarênciasnasmaisdiversas áreas: saúde, educação, combateàpobreza, direitoshuma- nos, meio ambiente, arte e cultura, alémde tantos outros serviços públicos. Ou seja, temos um campo fértil para a criação de bons projetos e campanhas que transformem verdadeiramenteonossopaís,semdependermosderecur- sospúblicospara isso. Enessepontoempresas eempresá- rios tornam-se essenciais na viabilização de “ações para o bemcomum”, independentemente do setor de atuação. Precisamosdesoluçõesinovadorasaserviçodoplaneta. Nessecontextoestamos falandode inúmerasáreasondeo MRCpode e deve ser aplicado: sustentabilidade, transfor- maçãosocial,criaçãodesoluçõesparaproblemasrecorren- tes,olharmaishumanoparaquemprecisadeajuda,desen- volvimentode novas tecnologias, e tantas outras áreas. Desenharboassoluçõesvemdoentendimentoprofundo da realidadedospossíveisbeneficiários. Estamos falando aquide“empatia”. SegundoofilósofoRomanKrznaric,fun- dador daTheSchool of Life, empatia é “a artede se colocar nolugardooutroparatransformaromundo”.Emseulivro O poder da empatia , essehistoriadordaculturasustentaque, aocontráriodoquepensamos, nãosomoseminentemente autocentrados, poisnossocérebroéequipadoparaacone- xão social. Baseado emmais de 12 anos de pesquisas em diversos camposdosaber, elenos levaauma jornadaatra- vésdos séculosparamostrar por queaempatiaéumaqua- lidadeessencial e transformadoraquedevemosdesenvol- ver, ensinandoaomesmotempocomoésimplespraticá-la. Éprecisotambémassumirumaposturamaisquestiona- dora, fazendoasperguntascertasantesdepropor soluções óbvias. DeacordocomPeterDrucker, opai daadministra- ção moderna, “o trabalho mais importante e mais difícil não é encontrar a resposta correta, mas fazer a pergunta certa”. Umaboaalternativaésepararmosquais sãonossas certezas,suposiçõesedúvidasemrelaçãoaalgumaquestão social ouambiental. E, apartir daí, buscarmos respostas e partirmos para oprocessode criação. Para empresários e empreendedores que pretendem investir noMRC, cincoperguntas são fundamentais para a escolha da causa a ser apoiada: 1. Qual o problema social que mais me incomoda? É preciso haver envolvimento emocional da liderança. Muitas vezes, a adesão de uma marca a uma causa parte essencialmente de um sonho, desejo ou visão de seu fun- dador. O apoio da alta cúpula das organizações é essen- cial para esse tipo de iniciativa. 2. Sob qual grande problema social aminha empresa pode ser relevante, útil e impactante? Quanto mais próximo da solução do problema social estiver o core business da empresa, mais facilmente a iniciativa será viabilizada, implementada e mantida ao longo do tempo. 3. A que outros stakeholders posso me unir para ter ganho de escala e garantir impacto nessa escolha?

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