RESPM_MAR_ABR 2016

março/abril de 2016| RevistadaESPM 85 shutterstock São raras as causas em que ainda não existam ONGs, empreendedores sociais ou mesmo outras marcas envol- vidos. E quando falamos de causas, é preciso substituir a competição por união, é preciso abandonar o ego e se tornar verdadeiramente colaborativo. 4. Existe alinhamento entre o pensamento estraté- gico da empresa e o da instituição parceira ? A causa escolhida pela marca deve ter coerência com os seus valores e sintonia coma sua cultura organizacional e visão de futuro. A lógica de negócio precisa ter uma forte conexão para que tudo faça sentido. 5. Quais os KPIs e métricas que definirão os suces- sos da iniciativa? Tanto para a marca quanto para a ONG parceira, é fun- damental definir metas e identificar índices e respectivas formas de mensuração. Por tudo isso é preciso também pesquisar no mer- cado o que já está sendo feito. Boas ideias podem ser repensadas para diferentes cenários e realidades. E quando falamos em ações, projetos e organizações sociais, o trabalho em rede pode ser muito eficiente, efetivo e muitas vezes, essencial! A dica é pensar com o escritor Marcel Proust: “O ato real da descoberta não se trata de descobrir novas terras, mas sim ver com novos olhos”. Assumir um compromisso diante de grandes ques- tões de interesse público exige planejamento, coe- rência e também generosidade. Afinal, esses movi- mentos, apesar de trazerem ganhos de reputação e, muitas vezes, impacto em seus resultados financei- ros, inevitavelmente exigem investimento e dedica- ção extra das empresas. Algumas possibilidades bem práticas de atuação do Marketing Relacionado a Causas (MRC) são: • Associação direta entre marcas e instituições do Terceiro Setor. • Engajamento dos consumidores da marca com a causa que apoiam. • Realização de grandes campanhas de mobilização. • Conexão entre personalidades e causas. • Conteúdos que agregam valor à marca e também dão visibilidade para a causa. • Conceito “One for One” para o varejo (para cada produto um igual é doado). • Produtos com renda revertida para causas/ONGs. • Arredondar o troco para que seja doado para alguma instituição. • Dentre tantas outras possibilidades que empresas inovadoras podem criar! Diferentemente da filantropia tradicional, o Marke- ting Relacionado a Causas agrega valor àmarca, impul- siona as vendas e reverte os resultados para uma causa social, ajudando-a a se sustentar, crescer e, assim, ter ainda mais impacto e longevidade. É a hora de as marcas fazerem mais pela sociedade. Afinal, nunca antes na história do mundo corporativo foi tão verdadeira a reflexão de que “o sentido do traba- lho é um trabalho com sentido”. Otavio Dias Sócio-fundador da Repense e criador do Movimento Think and Love Viviane Aroldi Cogestora do Movimento Think and Love, responsável pelo planejamento, implementação e coordenação de projetos de MRC

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