RESPM SET-OUT 2016
setembro/outubrode 2016| RevistadaESPM 117 Ovalordasações básicasemcenários desafiadores Namaioriadas vezes, as ações simples e básicas donegócio sãoas quemantêmofluxodeprosperidade das empresas, mesmoquandooambiente se revelaadverso Por FabioMestriner shutterstock D esde o início da Revolução Industrial, o maior patrimônio das empresas eramas fábricas, denominadas por Karl Marx de “pro- priedade dosmeios de produção”. Oorgulho da indústria por seu patrimônio se expressava, muitas vezes, nos próprios logotipos, nos quais as fábricas com suas chaminés fumegantes exibiam a atividade frenética da produção sempre crescente. Um exemplo desse modelo de logotipo pode ser encontrado no Brasil na marca da Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (IRFM), em que um trem em velocidade se dirige para o futuro, enfatizando a pujança deste gigante industrial. Assim se mantiveram as coisas até a era da propaganda e o posterior advento domarketing, quando se passou progressivamente a considerar a marca — e não mais as fábricas — o “maior patrimônio”. À inflexão dramá- tica dessamudança deu-se o surgimento de empresas como aNike, que con- quistoumercado e ganhou proeminência sempossuir uma única fábrica. E, assim, alguns países como aChina se especializaramemfabricar quase tudo para qualquer empresa disposta a encomendar o que deseja que seja produzido. Com isso, as marcas passaram então a travar disputas ferozes pelos consumidores. A concorrência exacerbada decorrente da similaridade tecnológica, da disseminação acelerada de tecnologias e das técnicas de fabricação cada vez mais acessíveis a empresas, ampliou a presença dos grandes players globais para praticamente todos os mercados do mundo. Adisputa e a grande oferta de produtos similares fizeramcomque os con- sumidores se tornassem infiéis às marcas, uma vez que ficou mais fácil e economicamente atraente experimentar os produtos concorrentes de uma mesma categoria. Em decorrência disso, as empresas perceberam que o patrimônio da marca começou a ser erodido pela mobilidade dos consumidores. shutterstock
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