RESPM SET-OUT 2016
setembro/outubrode 2016| RevistadaESPM 29 Industriais do Brasil, uni-vos! A produção da indústria hoje está de volta aos níveis de 2006. Omau desempenho recente da indústria pode surpreender, dada a forte alta recente do dólar, que che- gou a atingir R$ 4,20 — o que deveria estimular as nos- sas exportações e reduzir as importações. Já notamos um impacto nas importações. O impacto nas exporta- ções, no entanto, é bemmais lento, porque as empresas brasileiras precisam retomar mercados e contratos que perderamquando seu preço de exportação estavamuito elevado, no período de dólar baixo. Isso leva tempo. Mais grave do que isso — como deixa claro o gráfico da página 30 —, ao contrário do que se imagina, a pro- dução da indústria costuma cair quando o dólar sobe, aliás como acontecerá neste ano, e crescer quando o dólar cai. Isso é contraintuitivo, porque umdólar mais alto torna nossas exportações mais competitivas e os produtos importados mais caros, favorecendo a indús- tria nacional. Oproblema é que, no Brasil, a taxa de câmbio se valo- riza — isto é, o dólar cai — quando a economia vai bem, a confiança está alta e as vendas internas da indústria estão fortes, e ela se desvaloriza — isto é, o dólar sobe — quando acontece o contrário. Como a economia bra- sileira é muito fechada, o impacto das vendas internas é predominante. Consequentemente, por incrível que pareça, a indústria costuma ter desempenho melhor emmomentos de dólar em queda e pior emmomentos de dólar em alta. A questão é que esse processo tem limites. Quando o dólar está muito baixo e a competitividade da indús- tria brasileira também, mesmo um mercado interno forte não garante um bom desempenho da indústria, porque parcelas cada vez maiores da demanda interna shutterstock Amenina dos olhos dos pregadores da inovação é aApple, que transformou aparelhos eletroeletrônicos emobjetos de desejo e status pormeio de produtos de uso fácil e designarrojado
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