RESPM SET-OUT 2016

Revista da ESPM | setembro/outubrode 2016 56 Revista da ESPM — Em sua área de atuação, já há sinais de retomada da economia? Quais são eles? Luis Roberto Wenzel Ferreira — Per- cebemos uma retomada da confian- ça do empresariado e uma disposi- ção maior dos setores público e pri- vado para voltar a investir. Estamos otimistas e acreditamos que o país voltará a crescer — de forma lenta, na- turalmente, mas com uma ascensão importante, que dará ânimo ao setor empresarial e também aos consumi- dores finais. A Tigre vem investindo de maneira integrada e estratégica para ter força mesmo em períodos de crise. Trabalhar forte a inovação, a comunicação e o relacionamento como cliente é a nossa premissa para as ações de 2016 e 2017. O momento atual cria um cenário de competição mais árdua e difícil. O mercado re- traído tem menos a oferecer a todos os concorrentes, por isso tivemos que sermais criativos nas estratégias de venda e conquista de mercado. De forma geral, é uma fase desafiadora, que desenvolve a nossa competência e capacidade de inovar. Revista da ESPM — Para este ano, a Ti- gre projeta crescimento acima de 5% em relação a 2015. A que o senhor atribui esse bomdesempenho? Luis Roberto — A Tigre prevê cresci- mento de umdígito para 2016, ou seja, abaixo de 10%. Diante da situação eco- nômica projetada, estabelecemos me- tas realistas, e um plano de ação com foco no mercado: mais produtividade e qualidade na venda. Para manter a liderança no mercado, investimos no desenvolvimento de soluções inova- doras em diversas frentes, reforçando a presença em setores nos quais atua- mos eexplorandoouniversodeprodu- tos e serviços que podemos oferecer. Revista da ESPM — Segundo o presi- dente da empresa, Otto von Sothen, ren- tabilidade é a prioridade da Tigre. Qual é a estratégia da empresa para conquistar rentabilidade, manter a competitividade e otimizar os custos da operação? Luis Roberto — Revisamos perma- nentemente os processos e estamos sempre em busca de mais produtivi- dade comqualidade. Tambémreforça- mos nossa parceria com as revendas, investindo em treinamento, ações de marketing e comunicação no ponto de venda, de forma a contribuir comseus negócios. Alinhado ao planejamento estratégico, que contempla ações até 2020, estamos focados em inovação, emfortalecimento da nossamarca, na expansãoemdiferentes segmentos da construção civil, no aumento da parti- cipação nas áreas em que já atuamos e diversificando nossa presença em novos nichos de mercado, a exemplo do segmento de portas, janelas e es- quadrias de PVC. Revista da ESPM — O que a Tigre faz para estimular a inovação e a produtivi- dade em suas fábricas? Luis Roberto — Trabalhamos com foco em ganho de produtividade e melhorias contínuas de nossos processos e produtos. Investimos, anualmente, cerca de 1% da receita operacional bruta em pesquisa e desenvolvimento, visando a lança- mentos ou melhorias. Para manter a média de 500 produtos lançados por ano, a empresa conta com uma equi- pe especializada e multidisciplinar, composta pelas áreas de inovação e pesquisa e desenvolvimento. A com- panhia está em constante processo de captação de ideias — atuando de maneira ativa e reativa — além de buscar entender e se antecipar às necessidades do consumidor. Paraquearriscar? Aos 75 anos, a fabricante de tubos, conexões, portas e janelas Tigre estreia nova campanha publicitária — “Tigre vale cada centavo” — e projeta um crescimento anual acima de 5% sobre os R$ 3,36 bilhões faturados em2015. Atualmente, essamultinacional brasileira está presente em40 países e emprega setemil profissionais emnove plantas no Brasil e 13 no exterior. A seguir, Luis RobertoWenzel Ferreira, diretor executivo demarketing, vendas e inovação da Tigre, mostra como isso é possível, mesmo diante de um cenário de retração da economia, que atinge principalmente o setor de construção civil. A seguir, o executivo retrata omomento atual da companhia e apresenta as estratégias que estão trazendo bons resultados para a Tigre. t igre | Lu i s Roberto Wenzel Ferre i ra