RESPM SET-OUT 2016

Revista da ESPM | setembro/outubrode 2016 74 É dessa época tambéma edição bra- sileira do 28º CongressoMundial de Propaganda – que pela primeira vez foi realizado foradosEstadosUnidos. Emparalelo, a entãoAssociaçãoPau- listadePropaganda (APP) tomoupara si a responsabilidade de organizar o 1º Simpósio Internacional de Publi- cidade, adotando iniciativas com o objetivo de criar novos caminhos para o desenvolvimento do negócio da comunicação publicitária. Nessamesma fase repletadeentra- veseconômicosesociais,outraatitude proativamarcavade formahistóricaa atuaçãodosempresáriosdosetor.APolí- ciaFederal,pormeiodasuaDivisãode CensuraeDiversõesPúblicas,reconhe- ceraoficialmenteoConselhoNacional deAutorregulamentaçãoPublicitária (Conar), entidade que viria a pôr um fimna censura prévia à publicidade. Desse modo, a ousadia, respon- sável pela sempre inovadora propa- ganda brasileira, abrira as suas asas, incentivada peloMovimentoNacio- nal PelaLivre Iniciativa, lideradopela Associação Brasileira das Agências de Propaganda (Abap), outro elo da cadeia produtiva da comunicação. Essemovimentoajudouaconsolidaro mercadopublicitário, tornandoainda mais consistente o relacionamento entre agências, anunciantes e os veículosdecomunicação.Oresultado da perseverança e da visão de futuro fez comqueonegóciodapropaganda representasse, emmédia, cercade2% do PIB nacional ao longo demais de duas décadas—comexceçãodoatual momento de desequilíbrio político e econômico do país. Foi exatamente no contexto dos anos 1980 que José Carlos de Salles Gomes Neto, presidente do Meio & Mensagem, decidiu criar o Prêmio Caboré. Nesta entrevista, o empre- endedor faz revelações sobre a láu- reamais desejada por profissionais e empresasqueatuamnosdiversosseg- mentosdacomunicaçãopublicitária. O Oscar da propaganda brasileira Por Antoninho Rossini Jorna lista, escr itor e consultor de comunicação caderno PRÊMIO CABORÉ Os anos de 1980 entraram para a história brasileira como a “década perdida”. Diante de grandes incertezas, a economia buscava alternativas para não sucumbir, lançando o Plano Cruzado I, que congelou preços e fez surgir uma nova moeda (cruzado), vindo na sequência os planos Cruzado II e Bresser, com seus efeitos paliativos. Nesse cenário de contingências, os fantasmas da inflação e do desemprego continuavam conturbando a vida dos brasileiros, sem contar os conflitos do regime político. Mesmo assim, a indústria da comunicação fazia a sua parte, fundando a Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) e o Prêmio Caboré, como conta nesta entrevista José Carlos de Salles Gomes Neto, fundador e presidente do grupoMeio &Mensagem e idealizador deste que é hoje um dos eventos mais famosos do mundo do marketing

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