RESPM ABR_MAI_JUN 2017

abril/maio/junhode 2017| RevistadaESPM 107 AdimensãoDigital é a viabilizadora/transformadora/ desencadeadora-mor de todo esse processo. Tudo o que tem sido ofertado e implantado em âmbito digital tem determinado o amplo e contínuo processo demudança e vaimuito alémdas questões que envolvema participação das vendas via e-commerce no varejo global. Atímidafatiade3%davendadiretanoBrasil—índiceque nos Estados Unidos se aproxima de 11% e de 13%na Ingla- terra—sóreforçaesseaspecto.Nãoéoe-commercequeestá revolucionandoomercado,mas aeradigital, queprecipita asmaisamplasmudançasnorelacionamento,informação, promoção, comunicação, exposição e até compras. Na essênciada transformaçãodigital estáumdosmais importanteselementosdoquartovetordessaequação, que é o empoderamento do novíssimo consumidor-cidadão. Comomencionado, nunca tanto poder se concentrou em umúnico agente da cadeia de consumo. Oacesso irrestrito e permanente por parcela crescente do mercado à informação transfere o poder das marcas, dos negócios e dos próprios governos, inexoravelmente, paraosconsumidores-cidadãos,quecadavezmaisbaseiam suasopçõesedecisõesnas referênciasdeoutros consumi- dores-cidadãos. É umpotencial transformador evolutivo da sociedade, semprecedentes. A dimensão digital associada com o empoderamento do consumidor-cidadão não apenas promove a transfor- maçãodomercado. Vaimuitoalémaoprovocar tambéma transformaçãodasociedadeedas relaçõesentregovernos, mercados, negócios emarcas comos seus consumidores- cidadãosou,dependendodaótica,cidadãos-consumidores. Ofato irreversível équequantomais avançar oacessoà informação e às ferramentas disponíveis e quanto maior for a parcela dos novíssimos consumidores GOD & E no total da população, maior será o potencial transformador da sociedade e do consumo; e obriga as empresas a repen- sar absolutamente tudoemtermosdemodelosdenegócio, cultura, estratégias, práticaseprocessos. Tudoparaseade- quar e, se possível, se antecipar a esse tsunami evolutivo. Como será o amanhã? O consumidor emergente do conjunto desses fatores é, antes de tudo e cada vez mais, um forte. E em crescente processo demaior empoderamento. Resultado dessa combinação da “têmpera” local com a transformação global, nesse novo ciclo econômico do Brasil em via de retomada do consumo, vamos assisti-lo mais racional e pragmático do que no passado, depois de ter vivido os períodos recentes de bonança e, na sequên- cia, acrise. Vamosvê-lomaisdiscriminante.Demandando maispropósitodasorganizaçõesedasmarcas.Muitomais equipadoparacomparar benefíciosentreprodutoseservi- ços. Muitomais focado no “mais por menos”. Muitomais senhor do seu status GOD & E, consciente de que o pro- cesso continuará a caminhar nessa direção, ampliando seupoder. Eaprendendo ausar os instrumentos à suadis- posição, emespecial as redes sociais, para semanifestar, seorganizar e atuar, sejana suavertente consumidor, seja no seu vetor cidadão. Para o beme para omal. Para as ameaças que se criam e para as inúmeras oportunidades que são geradas, a depender de como nos posicionamos ao olhar essa nova realidade. Nummundo dominado pelas incertezas, essa é a única certeza. Marcos Gouvêa de Souza Fundador e diretor-geral do grupo GS&Gouvêa de Souza, presidente do LIDE Comércio e membro do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV) e do Instituto Foodservice Brasil (IFB) WholeFoods, Amazon, Zara, Coca-Cola, Imbeve IKEA estãose reposicionandoparaatender essademanda deconexãocomoconsumidorGOD&E shutterstock

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