RESPM ABR_MAI_JUN 2017
abril/maio/junhode 2017| RevistadaESPM 41 e s p e c i a l R e t o m a da d o c r e s c i m e n t o elaajudouainflara“bolha”financeira,queestourouem2014, pelasmesmasrazõesquecausaramagrandecrisefinanceira americanade2009. Agora, sãoos “novospobres” que estão emascensãonoBrasil. Esseequívocoemrelaçãoàsolidez,aotamanhoeaoper- fil da “nova classemédia” levantaumaoutraquestão sobre a eficácia dos atuais critérios socioeconômicos de qualifi- cação, fato que tende a aprofundar aindamais a distância queseparaosórgãosoficiais,comooInstitutoBrasileirode GeografiaeEstatística (IBGE) eo InstituodePesquisaEco- nômicaAplicada(Ipea),doscritériosmaispragmáticosuti- lizados pelos institutos privados de pesquisa demercado. Outropontoaserdiscutidoaquiéabenevolênciaexcessiva dosinstitutosdogovernofederal,paraclassificarquemper- tenceàclassemédia.Sefôssemosmaisrigorosos,veríamos queachamadaclassemédiaestáinflacionadaedeveriaser de40%a50%menordoqueaparecenosdadosoficiais. O que está por vir... “Emboraospaísesachemtentadoraaideiadegastar,emvez depoupar,nopróximociclodecrescimento,osacontecimen- tosnapolíticafiscaldaúltimadécadanostrazemaesperança de que os países serão prudentes e optarão pelo caminho seguro”, avalia Carlos Végh, economista-chefe do Banco MundialparaaAméricaLatinaeCaribe.“Emumambiente externocaracterizadoporvolatilidadesechoquesfrequen- tes,essecomportamentoprudentepossibilitaráaospaíses transformar a política fiscal em instrumentos para ajudar aatravessarapróximacriseepreservarosganhossociais.” Produzidaemumcenáriooraanimador,oraincerto,esta reportagemespecialreúneopiniõesdistintassobreofuturo daeconomianacionalequerepresentamosdoisladosdeuma mesmamoeda. Por exemplo: enquanto Rosenberg aposta emum crescimento de 4% ao ano já no próximo governo, Solimeoécategóricoaoafirmarqueanaçãoestácondenada a registrarumcrescimentomedíocrenospróximosanos. Nós,da RevistadaESPM ,nãoestamosentreosquecreem queessaretomadalevarádezanosparaacontecer,comodizem muitos economistas. Mas concordamos coma dúvida que existesobrearetomadadaeconomianocurtoprazo.Cremos mesmoqueosníveisdeconsumoatingidosentreosanosde 2013 e 2014 foramartificiais e ultrapassarama capacidade derealconsumodaeconomiabrasileira.Quantoaofuturo, qualquerganhosóserásustentávelseseapoiaremdoisfato- resbásicos:aumentodaprodutividadeemnossaeconomia e controle dos orçamentos públicos, de forma a permitir a retomadadeconfiançados investidores. Emoutras palavras, o ponto nevrálgico do nosso futuro econômicoseráasustentabilidadedocrescimentoprevisto tantoparaoBrasilquantoparaomundo.“Agoraéomomento detirarmosproveitodesteimpulsoeaumentarosinvestimen- tosnainfraestruturaenaspessoas.Issoévitalparaacelerar ocrescimentoeconômicosustentáveleinclusivo,necessário paraerradicarapobrezaextrema”,asseguraJimYongKim, presidentedoBancoMundial,queestimaparaesteanoum crescimentoglobalde2,7%,àmedidaquediminuíremosobs- táculos para os exportadores de produtos básicos nosmer- cadosemergentesecomeconomiasemdesenvolvimento. 37,9 anos é a idademédia do chefe das novas famílias brasileiras de baixa renda; 88,1% sãomoradores de áreas urbanas; e 38,2% dos novos pobres possuemensinomédio shutterstock
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