RESPM ABR_MAI_JUN 2017
Revista da ESPM | abril/maio/junhode 2017 68 Economia comportamental Quandosegmentações porclassesocialperdem a importância:umanova perspectivabaseadana economiacomportamental Confira a cartilha que preparamos para você entender para que servem e como funcionamas ciências comportamentais no universo empresarial C om a ascensão de pesquisas que demostram a dimensão do impacto de influ- ências cognitivas, sociais, econômicas e contextuais na preferência de com- pra, estilo de vida e consumo de mídia das pessoas, a tradicional divisão por classes sociais perde cada vez mais espaço ao redor do mundo. Compras, gostos e estilos de vida são amplamente moldados por contextos, cren- ças, experiências e interações sociais. No desenho de estratégias efetivas para empre- sas, agências de publicidade e consultorias, observa-se diariamente como parâmetros financeiros têm pouco poder preditivo ao se investigar o comportamento de consumo. Consumidores fazem escolhas imediatistas, impulsivas e muitas vezes errôneas ao considerar que são influenciados por fatores raramente determinantes de sua escolha. Agem de forma automática, em decorrência de hábitos ou por inércia. Ficam paralisados diante de muitas escolhas ou sobrecarga de informação a respeito de um produto. Além de serem influenciados pelos outros no dia a dia, esses “animais sociais” são afetados por suas identidades pessoais: como se veem e como querem ser vistos. Existe ainda uma diferença entre a ação e a intenção, com consequências sociais e econômicas potencialmente negativas para indivíduos, grupos e toda a sociedade. Nessa nova realidade, a informação circula mais livremente entre indivíduos. Pes- soas encontram múltiplos canais para expor sua voz e buscar informações e opiniões. Influenciadores de todas as classes causam impacto e ditam tendências ao se mostra- rem mais perto da realidade de consumidores. Por Flávia Ávila
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